Avianca Brasil, quarta maior companhia aérea do país, deve obter lucros no próximo ano depois de aumentar sua capacidade e de cortejar os passageiros que viajam a negócios, disse o CEO da companhia José Efromovich.
A operadora está substituindo os aviões Fokker 100 por modelos maiores da Airbus Group como parte de um plano de recuperação de seis anos da empresa de capital fechado. O objetivo é atrair clientes dispostos a pagar tarifas mais altas oferecendo refeições gratuitas e benefícios como poltronas espaçosas.
Essa estratégia está ajudando a Avianca Brasil a suportar a desaceleração da demanda de passageiros depois que a Copa, ocorrida em junho e julho, e que diminuiu a quantidade de viagens corporativas. Nesta semana, os economistas reduziram as projeções de crescimento para este ano e para o ano que vem. O maior país da América do Sul está lutando para sair de uma recessão.
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“Nossa ideia é terminar 2014 em equilíbrio, apesar de este ano ter sido difícil porque a Copa do Mundo contraiu as viagens corporativas e porque a atividade econômica está desacelerando”, disse Efromovich. “Apesar de tudo isso, estamos tentando”.
Os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização serão positivos em 2014 pelo segundo ano consecutivo, disse Efromovich. A incerteza em relação à demanda deve se tornar mais clara depois da eleição presidencial em outubro. “Estamos esperando que a eleição acabe e que o mercado volte ao normal para ajustar nossos planos com uma perspectiva mais estável”, disse ele. “Para 2015, nosso plano é gerar lucros”.
A Avianca Brasil, com sede em São Paulo, te uma participação de 8,3% no mercado doméstico. De acordo com David Neeleman, CEO da concorrente Azul Linhas Aéreas Brasileiras, que tem uma participação de 17% no mercado nacional, a Avianca pode estar sujeita a uma fisão ou aquisição. A afirmação, no entanto, foi negada. “Não estamos à venda”, disse Efromovich. É verdade que recebemos propostas, mas não estou interessado em vender”