Avianca e Azul na disputa pela TAP

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Governo português entra em negociações diretas com Efromovich e Neeleman para venda da companhia aérea

O governo português decidiu avançar para uma fase de negociações diretas com dois dos três candidatos iniciais à compra de 61% da endividada companhia aérea TAP, disse o ministro da Presidência do Conselho de Ministros (CM) português, Luis Marques Guedes.

O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, afirmou que foi decidido que as negociações começarão com a holding DGN, do americano-brasileiro David Neeleman, fundador da brasileira Azul e da americana JetBlue e com o grupo de Germán Efromovich, dono da latino-americana Avianca.

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Monteiro explicou que o governo português excluiu a proposta da Quifel, a holding pessoal do empresário português Pais do Amaral, que cumpriu os requisitos legais para ser considerada vinculativa.

“Temos finalmente um processo competitivo na privatização da TAP. Apesar de a empresa enfrentar muitas dificuldades, estamos muito seguros do caminho que estamos seguindo”, afirmou o secretário de Estado. O governo tem dito que a privatização poderia ser finalizada até ao fim de junho, mas não há um prazo fixo.

A privatização, conduzida pelo governo de centro-direita em um momento em que Portugal está a cinco meses das eleições legislativas, está sendo fortemente criticada pelo maior partido da oposição, o Partido Socialista.

O governo tem realçado que a TAP, com uma dívida de 1 bilhão de Euros e patrimônio negativo superior a 500 milhões de Euros, tem urgentemente que se recapitalizar, mas o Estado não está em condições de fazer isso, estando impedido pela legislação da União Europeia.

A reta final de privatização da TAP ficou marcada por uma greve de pilotos, que provocou um rombo adicional de 35 bilhões de euros.

Esta é a segunda tentativa de privatização da TAP. Em 2012, o poder Executivo português recusou a única proposta de compra feita pela Synergy, de Efromovich.

Em novembro de 2014, o governo português decidiu relançar o processo de privatização, para vender 66% da TAP, ao passo que o Estado permanecerá com os 34% remanescentes, que é uma minoria de bloqueio.

Portugal resolveu uma parcela de 61% para um ou mais investidores privados e um lote de 5% ficou reservado aos trabalhadores da empresa. (Reuters)

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