Por Leonardo Benassatto (REUTERS) com edição do DT
SANTA RITA DO SAPUCAI, Brasil (Reuters) – Quando a mãe de Vitória Bueno a deixou pela primeira vez na aula de balé, ela se preocupou com a adaptação da filho de cinco anos.
Frequentadora da academia de balé de sua cidade natal, Minas Gerais, o talento de Vitória a tornou uma estrela das redes sociais e uma inspiração para muitos.
Veja também as mais lidas do DT
“Para mim, os braços são apenas um detalhe”, disse Vitória no teatro onde se apresenta. “Eu sigo com meus olhos, como se eles estivessem lá.”
Observando-a deslizar pelo palco de madeira, sincronizada com seus colegas em um brilho de verde e branco, é fácil esquecer que ela dança sem braços.
“Não sinto que preciso deles”, acrescentou ela.
Vitória começou o balé a conselho da fisioterapeuta, que percebeu que o jovem superaria seus medos dançando.
Mais do que realizar um sonho, a força e a flexibilidade adquiridas com a dança têm se mostrado cruciais para Vitória, que faz de tudo, desde escovar os dentes até pegar itens nas prateleiras do supermercado com os pés.
“Há coisas que ela pode fazer com os pés que eu não consigo com as mãos”, disse o padrasto, José Carlos Perreira.
Com mais de 150.000 seguidores no Instagram (@vihb_bailarina), Bueno está feliz em ser um modelo para os outros também.
“Somos mais do que nossas deficiências, então temos que perseguir nossos sonhos”, disse ela, abrindo um largo sorriso.
Reportagem de Leonardo Benassatto; Escrito por Stephen Eisenhammer; Edição de Richard Chang