A Boeing chegou a um acordo com a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, em inglês) para o pagamento de uma nova multa de ao menos US$ 17 milhões e o comprometimento de que a fabricante de aeronaves fará correções na produção.
EFE
Segundo um comunicado da FAA divulgado nesta quinta-feira, o órgão federal concluiu que os sensores incluídos nos equipamentos instalados em 759 aeronaves Boeing 737 MAX e NG não estavam aprovados.
“Manter a segurança das pessoas que voam é a nossa principal responsabilidade. Isto não é negociável, e a FAA exigirá que a Boeing e a indústria da aviação mantenha nossos céus seguros”, disse o administrador da FAA, Steve Dickson, no comunicado.
A nota esclarece que a companhia aérea pagará os US$ 17 milhões dentro de 30 dias após a assinatura do acordo com a FAA, que observou que se a Boeing não completar certas “ações corretivas” no prazo acordado, poderá ter de pagar mais US$ 10,1 milhões em multas adicionais.
Entre as medidas exigidas pela FAA está o “reforço dos procedimentos para assegurar que não sejam instaladas peças na aeronave que não estejam em conformidade com o projeto aprovado”.
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A Boeing deve também realizar análises de gestão de riscos de segurança para determinar se os seus processos de supervisão da cadeia de abastecimento são apropriados e se a empresa está pronta para aumentar com segurança a taxa de produção dos seus Boeing 737.
Além disso, terá de rever os procedimentos de produção para permitir que a FAA observe as avaliações da preparação da produção, informações nas quais a companhia aérea baseia estas avaliações, bem como o resultado final.
A organização exigirá também que a Boeing tome medidas para reduzir a probabilidade de voltar a apresentar à FAA um avião com peças que não cumpram as certificações apropriadas e para melhorar os seus processos de supervisão dos fornecedores de peças.
Após o anúncio, as ações da Boeing dispararam e fecharam o pregão em alta de 3,87% no índice Dow Jones da Bolsa de Nova York.