Com sete saídas semanais (um voo diário) no trecho São Paulo – Santa Cruz e duas saídas exclusivas (voo direto) para Cochabamba, a Boliviana de Aviación mantém sua operação para a Bolívia, mesmo com os cortes administrativos anunciados esta semana.
REDAÇÃO DO DIÁRIO
Em nota, a empresa aérea informa que mesmo diante das dificuldades impostas pela pandemia, a aérea mantém os voos operados com aeronave 737-800 entre São Paulo e Santa Cruz de La Sierra, com conexões.
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No informativo a empresa adianta ainda que é exigido exame RT PCR com validade de 72 horas a contar da data da coleta.
Diariamente o voo decola de Guarulhos para Santa Cruz de La Sierra às 13h40 com conexões para Cochabamba e La Paz.
Plano de austeridade
Essa posição se dá em função de informações vindas de agências de notícias bolivianas, nas quais a companhia aérea estatal aplica um plano de austeridade com redução de salários e demissão de trabalhadores, a fim de tornar sustentável a operação da companhia, que foi afetada como todo o setor aéreo no mundo pela crise provocada pela Covid 19.
O gerente geral da BOA, Ronald Casso, informou ao jornal boliviano Página Siete que uma reestruturação urgente está sendo feita na empresa, pois as operações não estão normais.
Ele destacou que as operações da companhia aérea estão reduzidas há um ano em mais de 40%, em média, e que a administração é obrigada a tomar medidas urgentes para preservar a companhia. “Dentre essas medidas, infelizmente temos que aplicar a redução de salários. As despesas foram reduzidas em todas as áreas, na parte administrativa. Como é política de governo, há redução salarial em todo o Estado, que também é aplicada no BOA ”, especificou.
Situação do país
Agências internacionais informam que o presidente da República Luis Arce reconhece que a Bolívia vive momentos “muito difíceis” devido à pandemia da covid-19 e à crise econômica. “Sabemos que as famílias bolivianas estão passando por um momento muito difícil por causa da pandemia e da crise econômica. Trabalhamos incansavelmente para superar essas múltiplas crises e agora mais do que nunca precisamos da unidade do povo boliviano”, afirmou o presidente.
Com um total de 15,2 milhões de doses das vacinas Sputnik V (da Rússia) e AstraZeneca (do Reino Unido) do mecanismo Covax” promovido pela Organização Mundial de Saúde, que também vai disponibilizar doses da Pfizer/BioNTech (dos EUA e Alemanha) a Bolívia se defende do Coronavirus, segundo a AFP.
Um primeiro lote de 20.000 doses da Sputnik V chegou no final do mês passado e imunizou equipes médicas na linha de frente da luta contra a covid-19, que já infectou mais de 232.500 pessoas e deixou quase 11.000 mortos na Bolívia, com população de 11,5 milhões de habitantes.