Segundo Caio, o aumento dos empreendimentos e vendas de imóveis no modelo fractional no Brasil se explica por diversas razões, desde o aquecimento do turismo interno até o valor da fração imobiliária, que cabe no bolso do brasileiro médio
REDAÇÃO DO DIÁRIO
Caio Calfat, é engenheiro civil e atua há mais de 20 anos como consultor no mercado turístico-hoteleiro, atendendo às principais redes de hotéis, construtoras e incorporadoras do Brasil e do mundo. Segundo ele, o conceito fractional é muito difundido nos Estados Unidos. “O modelo de propriedades imobiliárias comercializadas no sistema de fracionado ou de multipropriedade chegou ao país no fim da década passada”, diz.
“O sistema fraccionado se destina ao público interessado em manter uma casa de veraneio sem arcar sozinho com os custos e dores de cabeça que podem surgir após a compra (manutenção, segurança, impostos)”, explica.
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Ele adianta que estes imóveis – casas ou apartamentos em condomínios de bom padrão ou resorts, com acesso a uma praia ou parque aquático, por exemplo – possuem alguns serviços de hotelaria e a unidade autônoma é fracionada em diversos proprietários, podendo ser vendida a propriedade ou simplesmente o direito de uso por tempo determinado. “Cada dono pode usufruir do imóvel entre duas e seis semanas ao ano, com divisão de datas equilibradas para todos entre alta, média e baixa estações e feriados. As cotas de manutenção do empreendimento são proporcionais ao programa de uso escolhido”, enumera.
Aumento dos empreendimentos no modelo fractional
Segundo Caio Calfat, o aumento dos empreendimentos e vendas de imóveis no modelo fractional no Brasil se explica por diversas razões, desde o aquecimento do turismo interno até o valor da fração imobiliária, que cabe no bolso do brasileiro médio. Assim, o comprador investe menos, tanto na aquisição quanto na manutenção do imóvel e pode adquirir um produto de padrão superior ao que seria a ele possível comprar, no caso de unidade inteira. Por outro lado, empreendedores ou incorporadores viabilizam venda mais rápida, para um universo de compradores bem maior. “O preço de uma fração é proporcionalmente maior, entre 30% a 50%, se for comparado ao valor normal de uma unidade autônoma inteira”, aponta. Estes imóveis podem ser produzidos individualmente ou inseridos em complexos turísticos, como resorts, marinas, campos de golfe. São exemplos o Marina Flat & Náutica, em Caldas Novas (GO) e o Malai Manso Iate Golf Convention & Spa, na Chapada dos Guimarães (MT).