Com uma trajetória consistente no mercado hoteleiro, atuando em marcas como Hyatt e Sheraton (WTC) e trabalhando também no mercado imobiliário em um projeto hoteleiro, Carollina Abud é formada em Administração de Empresas e atualmente gerencia o setor comercial Brasil do grupo Palladium. Em entrevista exclusiva ao DIÁRIO, Carolinna adianta que o faturamento do grupo no Brasil bateu a meta em 2014, que era de US$ 25 milhões. Nesta conversa com o editor do DT, jornalista Paulo Atzingen, Carollina fala sobre ocupação do resort na Bahia, detalha sobre os principais canais de venda do grupo, e, muito confiante, afasta qualquer sombra de recessão econômica nos números do seu negócio. “Nosso maior desafio é entregar resultados em dólar, vendendo em real. Mesmo assim queremos crescer 20%”. Acompanhe:
DIÁRIO – Qual é o balanço do grupo Palladium no primeiro trimestre?
CAROLLINA ABUD – Fechamos super bem, com uma taxa de ocupação de 84%, que é muito semelhante a taxa do ano passado. As vendas no Caribe, mesmo com a alta do dólar, cresceram mais de 200% nesse primeiro trimestre, especialmente em Punta Cana.
Veja também as mais lidas do DT
Nós entendemos que 2015 é um ano desafiador com tudo isso. As vezes enxergamos que isso irá inibir a venda internacional mas irá incentivar a venda nacional, o que nos ajuda bastante aqui no Brasil. Mas apesar de todo esse cenário econômico, percebemos que as pessoas continuam viajando.
DIÁRIO – Os 84% são números nacionais?
CAROLLINA ABUD – Sim, números nacionais, do hotel Palladium Imbassaí, da Bahia. A alta do dólar está impactando. Até o ano passado, enxergávamos um comportamento de antecipação de compra maior. Agora nós sentimos que as pessoas estão comprando mais em cima da hora com a expectativa de que o dólar caia. Compram com cerca de 30 dias de antecedência.
DIÁRIO – O Palladium também promove eventos, a fatia do corporativo deve ser grande. No segundo semestre, quais são os eventos, congressos que vocês estão esperando?
CAROLLINA ABUD – Já temos grupos fechados para praticamente todos os meses do segundo semestre, mas por uma questão de sigilo, não direi as empresas. Dezembro é um mês em que não acontecem muitos eventos, mais eventos de confraternização, mas para os outros meses já temos grupos fechados. Nosso share de eventos corporativos representa algo em torno de 10% a 15%.
DIÁRIO – Vocês pretendem aumentar isso?
CAROLLINA ABUD – Temos um centro de convenções que limita, então eu não consigo colocar mais de 500 pessoas dentro de um evento. Isso faz com que eu não consiga atender eventos de maior porte. O hotel é focado no lazer. Temos toda a expertise, cada vez mais, para atender o corporativo, mas não é o foco da empresa.
DIÁRIO – Como é o processo de vendas do Palladium nacional e internacional? Qual é o principal canal de vendas, call Center, agências de viagens?
CAROLLINA ABUD – Os nossos principais clientes são as operadoras de turismo. Atendemos agências, mas não temos mãos o suficiente para atender as agências. As operadoras, elas, sim, falam com as agências de viagens, que falam com o público final. O site vende diretamente para o público final e, obviamente, se a pessoa liga diretamente para o hotel nós vendemos também. É claro que cada canal tem um acordo.
DIÁRIO – Em vendas diretas, quanto cada canal representa?
CAROLLINA ABUD – Para os hotéis do Brasil, as operadoras de turismo são o grande canal. Nos hotéis do Caribe, enxergamos que o online tem uma participação maior, mas aqui no Brasil ainda é bem offline.
DIÁRIO – Haverá obras de reforma ou ampliação do Palladium Imbassaí este ano?
CAROLLINA ABUD – Sim. Ainda não temos o comunicado oficial, mas as obras começam a partir de agosto e devem durar até meados de novembro. Isso é para agregar valor ao produto, da mesma forma que temos nos hotéis do Caribe uma piscina infantil com brinquedos aquáticos, estamos trazendo esse conceito para cá. Um serviço que iremos implantar, que é diferenciado é o de garçom na piscina, o hóspede não tem mais que levantar e ir até o bar se servir. Esse serviço começou esse mês (abril).