(Edição do DT com agências)
Muitos setores esperam uma movimentação positiva com a chegada dos turistas que vêm para prestigiar os jogos das Olimpíadas Rio 2016. Juntamente com eles estão os produtores de cachaça que enxergam essa oportunidade como uma grande vitrine para a bebida. Isso porque, muitos estrangeiros terão o primeiro contato com esse ícone brasileiro.
Para os empresários, o evento acontece ao mesmo tempo em que ocorre a consolidação do posicionamento da Cachaça no mercado como bebida Premium, tanto no Brasil quanto no mundo, comparando-a a destilados nobres como uísque e vodca, deixando de ser vinculada a ideia de bebida desvalorizada e de baixa qualidade. “Com certeza, a cachaça e a caipirinha serão o carro chefe das bebidas para os estrangeiros no período das Olimpíadas, o que pode aumentar a exportação significativamente até 2017, pelo menos”, declara Leandro Dias, CEO da Middas Cachaça.
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A aposta do setor é que essa movimentação injete estímulo no mercado. “A entrada de turistas no Brasil coloca em destaque a cachaça. A bebida tem um forte apelo comercial junto aos estrangeiros e os empresários estão empenhados em fortalecer o vinculo do produto à ideia de bebida valorizada e de alta qualidade”, afirma Alexandre Bertin, presidente da Confraria Paulista da Cachaça.
Segundo dados divulgados pela ABRAPE – Associação Brasileira de Bebidas – a cachaça tem apresentado crescimento no mercado internacional, sendo o terceiro maior destilado do mundo. A bebida também ocupa posição de destaque no mercado nacional, no qual o volume corresponde a 50% no segmento de destilados. É o segundo maior mercado de bebidas alcoólicas no Brasil, atrás apenas da cerveja.
O faturamento do setor alcançou R$5,95 bilhões em 2013, quando foram produzidos 511,54 milhões de litros da bebida, de acordo com o Sistema de Controle da Produção de Bebidas da Receita Federal – SICOBE, responsável por controlar a produção das principais empresas formais do setor.
De acordo com o Instituto Brasileiro da cachaça – IBRAC, são 40 mil produtores e 4 mil marcas de cachaça no mercado nacional. O IBRAC estima que a capacidade instalada no Brasil é de 1,2 bilhões de litros/ano.