As autoridades da China suspenderam durante uma semana as viagens turísticas feitas por grupos procedentes do país com destino a Hong Kong, segundo informou nesta quinta-feira (2) a imprensa do território.
A Administração Nacional Chinesa de Turismo teria pedido aos operadores de turismo da China continental que não organizassem visitas a Hong Kong, onde há quase uma semana estão ocorrendo protestos a favor da democracia, informou o jornal “South China Morning Post”.
A medida não afeta pessoas que viajam sozinhas nem quem contratou pacotes antes de terça-feira.
Segundo o jornal, o presidente da Associação de Operadores Turísticos de Hong Kong, Ricky Tse Kam-tin, considerou a decisão algo sem precedentes na história do território.
Os turistas chineses representam 75% do valor total dos visitantes de Hong Kong, embora 67% deles se desloque de forma individual.
Além de conhecer pontos turísticos, os turistas compram especialmente artigos de luxo, produtos de alta qualidade e importados, que são muito mais baratos do que no continente devido à diferença de impostos.
A região de Hong Kong atrai ao ano uma média de 40 milhões de turistas chineses, segundo dados do governo local.
Uma das principais épocas da chegada de turistas é justamente nessa semana. Nesta quarta-feira foi feriado na China pela comemoração da chegada ao poder do Partido Comunista.
No entanto, neste 1º de outubro o cenário mudou, e ao invés de longas filas em lojas de marca, os turistas se depararam com milhares de manifestantes pedindo democracia.
