Arábia Saudita quer impulsionar costa do Mar Vermelho como um destino de sol e praia – isso com a ajuda de profissionais brasileiros
REDAÇÃO DO DIÁRIO
O vice-ministro do Turismo da Arábia Saudita, Sultan M. Al Musallam, quer técnicos do governo brasileiro em sua equipe para desenvolver o turismo do litoral da costa oeste, especificamente a que permeia o Mar Vermelho.
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De acordo com matéria da CNN, o governante fez o convite aos profissionais do Brasil em reunião bilateral junto a secretária-executiva do Ministério do Turismo, Ana Carla Lopes. O evento ocorreu em meio à 2ª Conferência Internacional sobre Resiliência do Turismo e Gestão de Crise.
No encontro em que se firmou a cooperação entre os dois países no turismo, a Arábia Saudita declarou a vontade de aproveitar a experiência brasileira na exploração sustentável de sua costa marítima. Segundo Musallam, o objetivo principal é alavancar as visitas às praias do Mar Vermelho.
Em contrapartida, o país árabe destacou o desejo de criar uma rota direta com o Brasil, por meio da companhia aérea Saudi Air. Atualmente o governo saudita produz estudos para definir quais serão os destinos contemplados por essas rotas, segundo matéria da CNN.
Na reunião, Ana Carla Lopes pontuou que a Arábia Saudita é uma grande emissora de turistas ao Brasil, que aliás, tem preparo para receber esses visitantes.
Parceria Brasil-Arábia Saudita já era arquitetada
O DIÁRIO já havia adiantado que o governo brasileiro e o saudita estavam em negociações em prol do turismo de ambos os países.
Em outubro de 2023, os ministros do Turismo do Brasil, Celso Sabino, e da Arábia Saudita, Ahmed Al-Khateeb, ampliaram a parceria de olho na atividade turística. O encontro se deu na 25ª Assembleia Geral da Organização Mundial do Turismo (OMT),
Também no ano passado, a Arábia Saudita anunciou que vai aplicar US$ 10 bilhões no Brasil. A maior parte do dinheiro ficará concentrada no fundo soberano saudita, o Saudi Arabia Public Investment Fund (PIF).
O PIF investiu US$ 31,6 bilhões em 2023 e se tornou o fundo mais ativo do mundo, segundo a consultoria Global SWF. Só no Brasil houve a aplicação de US$ 3 bilhões, sendo que US$ 2,6 bilhões foram para a Vale, via uma empresa controlada pelo fundo soberano.
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