Uma nota emitida na manhã desta quinta-feira (6), pelo Concais – terminal de cruzeiros marítimos de Santos levanta alguns questionamentos a respeito da interpretação dos protocolos sanitários que estão sendo aplicados nos navios de cruzeiros na costa brasileira.
REDAÇÃO DO DIÁRIO
Segundo a nota, “os protocolos dos navios foram projetados para prevenir e detectar a Covid-19 em um ambiente de cruzeiro. Não é possível impedir totalmente o vírus, mas sim mitigar e controlar o impacto”. O comunicado afirma ainda que “rever a interpretação dos protocolos com autoridades federais, municipais e estaduais, como proposto pela Clia, é de extrema importância para a continuidade da temporada 2021/2022”.
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O documento, assinado pela diretoria do terminal de cruzeiros concorda com a decisão dos armadores Costa Cruzeiros e MSC Cruzeiros da suspensão voluntária dos cruzeiros até 21 de janeiro e faz uma ressalva: “Nos cabe ainda esclarecer que somente nos cruzeiros marítimos está sendo realizado testagem durante e no final da viagem, o que não se faz em nenhum outro local do segmento de turismo, como hotéis, resorts, transportes aéreo e rodoviário”.
O DIÁRIO transcreve, abaixo, a íntegra do comunicado:
Posicionamento do Concais sobre a suspensão da temporada de cruzeiros 2021/2022
O Concais – terminal de cruzeiros marítimos de Santos, compactua com a decisão dos armadores Costa Cruzeiros e MSC Cruzeiros, conforme nota emitida pela Clia no dia 03/01/2022, da suspensão voluntária dos cruzeiros até 21 de janeiro por incertezas na interpretação e aplicação dos protocolos operacionais aprovados.
Os protocolos dos navios foram projetados para prevenir e detectar a Covid-19 em um ambiente de cruzeiro. Não é possível impedir totalmente o vírus, mas sim mitigar e controlar o impacto. O que está bem claro nos protocolos, uma vez que quando detectado a bordo, o passageiro é isolado e desembarca no Porto mais próximo que ofereça condições, no caso do Brasil, Santos, Rio de Janeiro e Salvador. Portanto, rever a interpretação dos protocolos com autoridades federais, municipais e estaduais, como proposto pela Clia, é de extrema importância para a continuidade da temporada 2021/2022.
Nos cabe ainda esclarecer que somente nos cruzeiros marítimos está sendo realizado testagem durante e no final da viagem, o que não se faz em nenhum outro local do segmento de turismo, como hotéis, resorts, transportes aéreo e rodoviário. Os passageiros e tripulantes que apresentaram positivo em testagens nos navios tem um percentual muito pequeno diante de um cenário que foi criado de “surto”, sendo que aproximadamente 130 mil em navegação até essa data, cerca de 900 apresentaram positivo para o vírus, menos de 1%.
Portanto, essa medida demonstra mais uma vez a consideração e respeito dos armadores com os cruzeiristas, os tripulantes, os profissionais de turismo que estão na linha de frente, como os terminais, e as autoridades dos destinos e da federação, uma vez que os casos identificados em navios de cruzeiro, como já citado, consistem em uma minoria da população total a bordo – muito menos do que em terra – e a maioria desses casos são assintomáticos ou de natureza moderada, representando pouco ou nenhum ônus para os recursos médicos a bordo ou em terra.
O Concais acredita que a decisão por interromper momentaneamente a temporada de cruzeiros no Brasil vai fortalecer o setor de cruzeiros marítimos que tem relevante papel na economia do Brasil, com geração de renda e empregos. Acreditamos ainda que a temporada 2021/2022 seja retomada com o entendimento das autoridades e da sociedade, que sem a menor dúvida que as Cias e os terminais sempre preservaram a saúde de todos, principalmente dos apaixonados por cruzeiros.