Controladores da Gol e Avianca se juntam para criar holding

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A Gol Linhas Aéreas Inteligentes e a companhia aérea colombiana Avianca anunciaram há pouco que seus principais acionistas chegaram a um acordo para criar uma holding que controlará as duas empresas e reunirá suas marcas em uma única empresa.

EDIÇÃO DO DT com Agências


A holding, que deve se chamar Abra Group, será uma sociedade anônima privada constituída sob as leis da Inglaterra e do País de Gales e controlará os ativos das duas empresas aéreas.

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A Gol e Avianca devem manter suas operações independentes e marcas, mas devem se beneficiar das sinergias geradas pelo fato de pertencerem a um mesmo grupo controlador, como por exemplo em compras e em divulgação nos mercados onde operam.

Segundo informações de ambas as empresas, as respectivas frotas são muito diferentes e não devem apresentar muita sinergia em manutenção, mas podem gerar alguma em compras.

A Gol tem uma frota de 123 aeronaves, todas da Boeing 737, sendo 90 do modelo 737-800, 23 do 737-700 e 20 do 737 MAX 8, Já a Avianca tem uma frota um pouco menor, com aeronaves de três fabricantes: 13 Boeing 787, 8 Airbus A330, 15 Airbus A321, 67 Airbus A320, 25 Airbus A319, 15 ATR-72 e 6 Airbus A330F Cargo.

Boeing 787 da Avianca
Um dos Boeing 787 da Avianca (crédito: divulgação)

No que diz respeito às rotas operadas pelas duas empresas, não há nenhuma superposição, seja a nível nacional ou a nível internacional. A base da Avianca é o aeroporto de Bogotá e a Gol tem a sua principal operação em São Paulo, nos aeroportos de Guarulhos e Congonhas. A empresa colombiana tem uma malha aérea mais extensa em termos de destinos internacionais, enquanto que a brasileira tem seu ponto forte na cobertura do território brasileiro.

O fechamento definitivo do negócio deve acontecer no segundo semestre de 2022 e existe a possibilidade de que alguns investidores invistam até US$ 350 milhões em ações da nova holding.

Pelo lado da Gol, o acordo envolve o seu acionista controlador, o fundo de investimento MOBI FIA (família Constantino) e pelo da Avianca, acionistas da Avianca Holding como Kingsland International Group SA, Elliott International LP e South Lake One LLC.

A operação ainda precisa passar pelo crivo das autoridades de ambos os países, caso do CADE no Brasil, mas à primeira vista não devem encontrar grandes barreiras, já que a Avianca não opera voos domésticos no Brasil.

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