Programa Refloresta SP foi apresentado durante o debate como um dos aliados à preservação do bioma
Edição DIÁRIO com agências
O Governo de São Paulo participou na última quarta-feira (3), durante a COP26, em Glasgow, na Escócia, do evento que aborda o papel da Mata Atlântica na mitigação de gases do efeito estufa.
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Os dados para discussão do tema no Scottish Event Campus foram apresentados pela Organização Não Governamental SOS Mata Atlântica e elaborados a partir de uma análise histórica das emissões de gases do efeito estufa (GEEs) e o potencial de mitigação até 2050. O estudo inédito foi realizado em parceria com o Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola) e o SEEG (Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa), iniciativa do Observatório do Clima.
O subsecretário de Meio Ambiente do Estado de SP, Eduardo Trani, participou do evento e ressaltou a importância do programa Refloresta SP, apresentado durante a COP26, como um grande aliado da preservação da Mata Atlântica, além do Cerrado Paulista. “Determinamos uma meta ousada que é o plantio de 1,5 milhão de hectares de vegetação nativa até 2050”, explicou Trani.
O Refloresta SP é um dos maiores programas de restauração florestal do Brasil. A previsão é recuperar 800 mil hectares de área degradada por meio do programa Agro Legal e 700 mil hectares, tanto com crédito verde aos pequenos proprietários quanto com o pagamento por serviços ambientais (PSA) nos casos em que não há restauração obrigatória nem atividades econômicas consolidadas, como é o caso de pastagens de baixa capacidade agrícola. O investimento inicial para os créditos e o PSA será de R$200 milhões com recursos depositados no FECOP (Fundo Estadual de Controle da Poluição).
O debate foi conduzido pelo diretor da SOS Mata Atlântica, Luis Fernando Guedes Filho, de Tasso Azevedo; Tasso Azevedo, do Mapbiomas/SEEG e pela ex-ministra de meio ambiente, Izabella Teixeira.
Governadores Pelo Clima
O Estado de São Paulo faz parte da Coalizão Governadores pelo Clima, cujos dirigentes associaram-se para enfrentar as emergências climáticas com ações destinadas à regeneração ambiental, redução das emissões de carbono e desenvolvimento de cadeias econômicas capazes de oferecer alternativas às populações mais vulneráveis. Trani participou do evento promovido pela SOS Mata Atlântica ao lado do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, integrante da Coalização, que discorreu sobre os desafios do Brasil para reduzir emissões.
PC