Texto e fotos: Heitor e Silvia Reali, do site Viramundo e Mundovirado
Viajei à Curitiba em busca de Poty. Melhor dizer Potyguara Lazzarotto (1924-98). Se Brasília tem os azulejos criados por Athos Bulcão, e Belo Horizonte os painéis de Portinari, Curitiba se orgulha de ter Poty.
Parte da história brasileira, e principalmente a paranaense, é a grande homenageada nas obras de Poty, este artista curitibano que é de todos nós. Seu belo trabalho, versátil e sensível, ainda hoje, surpreende a todos.
Veja também as mais lidas do DT
Os painéis, pintura sobre azulejos, se multiplicam por Curitiba, e sua história já começa a ser contada no aeroporto da cidade. Em um mural, uma arca de Noé de viajantes está ali representada: entre as conquistas espaciais e Santos Dumont, se veem japoneses, russos, mexicanos, poloneses, chineses, australianos, franceses, ingleses, e muito mais que um olhar atento possa descobrir.
Com a demolição dos velhos casarões da cidade, ficaram à mostra grandes empenas que foram embelezadas por painéis de Poty. O artista retratou neles a vida dos primeiros habitantes, os indígenas, os costumes dos imigrantes italianos, as brincadeiras dos guris, a colheita do café, as casas em madeira dos colonos com caprichosos lambrequins entalhados, os primeiros bondes, até as modernas edificações como a Rua 24 Horas, e a estufa do Jardim Botânico.
Nada mais prazeroso do que simplesmente flanar pelas ruas curitibanas, sem pressa e com um mapa das atrações em mãos. Mas para confirmar que Curitiba é sinônimo de inovação, a cidade revela ao viajante uma divertida maneira de arruar por seu Centro Histórico, conhecendo os painéis de Poty. É um passeio a bordo do segway, espécie de patinete elétrico impulsionado pela inclinação do corpo do usuário.
Ao conhecer as obras de Poty, espalhadas pela cidade, percebo ainda que os sinais de modernidade são eloquentes em Curitiba. Não por menos a cidade é citada mundialmente como uma das mais inovadoras do mundo.
Neste contexto, está o xodó dos moradores, o Jardim Botânico, sempre precedido de canteiros com belo grafismo formado de flores. Construído em estrutura metálica e vidro abriga espécies de palmeiras, bromélias, orquídeas e begônias. Um jardim para deficientes visuais integra o espaço com mudas de plantas de diferentes texturas e aromas.
Próximas paradas, a Ópera do Arame, e a Unilivre (Universidade Livre do Meio Ambiente). Ambas foram construídas em pedreiras desativadas e se harmonizam com a natureza ao redor. No Parque Tingui, nome que homenageia os índios que ali viviam, fica o Memorial Ucraniano com mostra de pinturas, ícones e os tradicionais bordados em cores vivas, e ovos (as Pessankê) com delicadas pinturas repletas de significados espirituais.
Mas Curitiba tem muito mais: a Feira do Largo da Ordem, na Praça da Memória, onde nas manhãs de domingo, cerca de 1.300 artistas e artesãos expõem seus produtos. Quadros, esculturas, marchetaria, bordados, tolhas de renda, têm um ponto em comum – o capricho.
Hotel Pestana Curitiba. Excelente localização, aconchegantes quartos com decoração moderna e grande variedade de itens no café da manhã. reservas@pestanacuritiba.com.br
Slavlero Curitiba. Localizado no centro da cidade. www.hotelslavlero.com.br
Mais informação: www.curitibacvb.com.br
.){kind=link}