Acostumado a um tratamento diferenciado oferecido pelas companhias aéreas em suas viagens em primeira classe, o executivo de banco Song Hoi-see, de Hong Kong, levou um tremendo choque quando se aposentou.
por Fábio Steinberg*
Da noite para o dia evaporou-se de sua vida de passageiro frequente até então as costumeiras salas VIP. Foram-se embora as confortáveis instalações, as boas refeições e fartas bebidas, o pleno acesso à internet e, principalmente, a tranquilidade. De repente ele se viu fora do oásis, exposto ao burburinho e agitação incessantes das áreas comuns de embarque em aeroportos.
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Foi quando o ex-executivo teve um estalo. Farejou ali uma imensa oportunidade de mercado. Por que não oferecer aos passageiros comuns, sem contar com atendimento premium, serviços equivalentes até a hora do embarque?
Assim nasceu em 1998 o Plaza Premium Group. Com investimentos pessoais, o Sr. Song inaugurou no aeroporto de Hong Kong o primeiro lounge independente do mundo.
A iniciativa germinou uma rede de hospitalidade em aeroportos que hoje já se estende por 180 instalações em 49 aeroportos de 25 países, e atende 20 milhões de passageiros por ano.
A empresa, ainda hoje sob controle familiar, está presente no Brasil com cinco lounges, três no Rio e dois em São Paulo. Aterrissou no Aeroporto do Galeão em 2016, atraído pelo movimento de passageiros durante as Olimpíadas.
Além do Rio, o grupo opera também no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. O lounge mais recente foi inaugurado em 2021, em plena pandemia, na área doméstica do Terminal 2. Ocupa 1500 metros quadrados com espaços para trabalho e descanso, TV a cabo, informações sobre voos, chuveiros e uma ampla área gastronômica.
A empresa ainda opera em regime de “white labor” a sala VIP da Star Alliance em Guarulhos, e se prepara para administrar em breve o lounge da Visa.
“Nossos serviços são oferecidos a quatro tipos de público: o passageiro individual pagante (“walking”) ao custo de R$180,00 por pessoa para uso por três horas; as companhias aéreas; o universo corporativo e o trade (agências), explica Maru Filho, gerente de comunicação e marketing do grupo.
O grupo oferece quatro segmentos de serviços em aeroportos. Além dos lounges, há o Aerotel, de hotéis de trânsito; o Allways, que oferece apoio VIP em todas as etapas no aeroporto; e o Airport Dining, de restaurantes.
“O fim da fronteira entre o viajante de lazer e negócios abriu uma imensa oportunidade de negócios, ainda subexplorada. Neste sentido, estamos bem-posicionados, pois somos referência em serviços de valor agregado em aeroportos no mundo”, revela com entusiasmo o filho do fundador, Jonathan Song. Ele é Diretor de Desenvolvimento de Negócios Globais do Plaza Premium Group.
“Temos metas ambiciosas. Queremos estar presentes nos dez aeroportos brasileiros mais importantes, e logo depois nos expandir por toda a América Latina”, conclui Jonathan.
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