por Paulo Atzingen*
Durante a Destination Brazil Travel Mart, que acontece em Porto de Galinhas (PE) nos dias 18 e 19 de maio, o DIÁRIO entrevistou Marcos Tiburtius, presidente da Associação de Hotéis de Porto de Galinhas. O evento reuniu os principais fornecedores (supliers) do Nordeste aos operadores internacionais (buyers). O Destnation Brazil Travel Mart substituiu o Brazil National Tourism Mart (BNTM), que foi criado em 1992 e teve sua última versão no ano passado, no Ceará. Segundo seus organizadores, o novo modelo saiu pela metade do preço.
Nesta entrevista, o presidente falou sobre o novo formato do evento e sobre o desempenho do destino no começo deste ano. Confira:
Veja também as mais lidas do DT
DIÁRIO – Esse evento é pontual, já foi programado antes da mudança política?
MARCOS TIBURTIUS– O evento acontece cada ano em um estado diferente do Nordeste. Este ano ficou em Pernambuco e, em Pernambuco, foi escolhido Porto de Galinhas. Ano que vem a previsão é que seja Fortaleza e assim por diante.
DIÁRIO – O Destination vem substituir o antigo modelo?
MARCOS TIBURTIUS – O modelo é muito parecido. A ideia é convidar operadores internacionais, da América do Sul, América do Norte e Europa e colocar os operadores frente a frente com os fornecedores. Nesse evento tem hoteleiros, empresas de receptivo de turismo, de um lado os vendedores, e do outro os operadores de dentro e fora do Brasil. É mais para negócios. O formato é fazer entrevistas em um período de 15 minutos. Todos os compradores têm uma agenda, dizem qual produto lhes interessa e são visitas a cada 15 minutos, um formato bem interessante de negócios.
Neste início de ano a quantidade de argentinos é muito superior, duas ou três vezes o que recebemos no ano passado. A maioria dos compradores desta feira é de argentinos
DIÁRIO – Como foi a performance dos hotéis de Porto de Galinhas neste primeiro trimestre?
MARCOS TIBURTIUS – Foi bem. Tivemos uma retomada. O que está acontecendo agora, e por isso este evento é oportuno, é que com a alta do dólar, nosso preço agora é competitivo. Conseguimos fazer uma redução dos nossos valores em dólares. Com isso se tem a possibilidade de retomada de negócios.
Existem dois aspectos importantes. Um deles é o que se consegue rapidamente, falando de um importante mercado especificamente, o mercado argentino, é um mercado que reagiu rapidamente. Neste início de ano a quantidade de argentinos é muito superior, duas ou três vezes o que recebemos no ano passado. A maioria dos compradores desta feira é de argentinos. Também tem o Chile, um mercado potencialmente muito bom, junto com Uruguai, Paraguai, Colômbia, Peru, esperamos que rapidamente esteja retomando.
DIÁRIO – E o europeu?
MARCOS TIBURTIUS – O europeu é mais demorado. Já recebemos uma quantidade muito grande de europeus. Já tivemos voos charters da Inglaterra, Alemanha, Finlândia, Espanha… Tudo deles é muito estudado. Agora temos condições competitivas de voltar ao mercado, vamos procurar essas pessoas novamente, mas isso passa por um estudo, com visitas precursoras, visitar toda a cadeia hoteleira, os restaurantes e o local, visitas dentro do hotel, na cozinha, ver de onde vem a água, muitos detalhes. As coisas são feitas com muita antecedência. Temos que dar o primeira passo. Agora temos condições. É muito importante esse casamento (refere-se ao evento Destination) da iniciativa privada com o governo para fazer esse tipo de ação.
DIÁRIO – Quanto custou o Destination?
MARCOS TIBURTIUS – O governo federal entrou com R$ 350 mil, o governo estadual R$ 500 mil, a prefeitura de Ipojuca R$ 200 mil e o resto é venda de estandes. Os estados que fazem parte entram com R$ 30 mil cada um.
* O jornalista Paulo Atzingen viajou a Porto de Galinhas a convite da Associação dos Hotéis de Porto de Galinhas e do Porto de Galinhas Convention Bureau