Dia dos Pais deve aumentar vendas em 5,3% em 2022, diz CNC

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A movimentação prevista do Dia dos Pais deste ano é superior a R$ 7 bilhões no comércio, mesmo com presentes 8,6% mais caros. A CNC prevê a geração de 18,5 mil vagas temporárias.

Segundo estimativas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o volume de vendas do Dia dos Pais de 2022 deverá alcançar R$ 7,28 bilhões.

O valor representa alta de 5,3% em relação à mesma data de 2021, quando o varejo ainda sofria com o processo de retomada na circulação de consumidores.

“O Dia dos Pais é a quarta data comemorativa mais importante do comércio varejista brasileiro em termos de movimentação financeira e, mesmo com a inflação elevada, a perspectiva é positiva para o setor por conta da injeção de recursos extraordinários”, afirma José Roberto Tadros, presidente da CNC.

“Como os saques nas contas de FGTS, antecipação do 13º salário de aposentados e pensionistas do INSS e a ampliação do Auxílio Brasil, tanto no valor do benefício quanto do número de beneficiários”, explicou o presidente.

Esses recursos têm sustentado o avanço das vendas ao longo do ano. Segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do IBGE, em maio deste ano, o faturamento real do varejo já se encontrava 3,9% acima do volume observado às vésperas da pandemia (fevereiro de 2020), e 3,0% maior do que em agosto do ano passado. 

Fábio Bentes, economista da CNC responsável pela pesquisa, explica que o fim da pandemia é um fator importante para entender o aumento previsto nas vendas do Dia dos Pais. “Praticamente todo o fluxo de consumidores perdido ao longo das fases mais agudas da crise sanitária foi restabelecido”, disse Bentes.

De acordo com indicadores do Google, ao final de julho deste ano, a circulação de consumidores em estabelecimentos voltados para o consumo era 1,7% superior ao patamar observado às vésperas do início da pandemia.

Esse é um cenário significativamente diferente daqueles constatados em períodos semelhantes de 2021 (queda de 12,4%) e 2020 redução de 35,9%).

Presente 8,6% mais caro

Por conta do aumento recente da inflação no Brasil, a cesta de bens e serviços relacionados à data deverá estar 8,6% mais cara que no ano passado. Esta é a maior variação deste grupo específico de bens ou serviços desde 2016 (quando houve o mesmo percentual de elevação).

Dos 13 itens analisados, apenas computadores pessoais estão mais baratos do que em 2021 (2,4% a menos).

Os três itens que apresentaram altas mais expressivas foram as roupas masculinas, que aumentaram 21,9%; os tênis, que estão 18,2% mais caros; e as bebidas alcoólicas, que tiveram aumento de 17%.

Embora o segmento de vestuário, calçados e acessórios ainda não tenha recuperado o ritmo anterior à pandemia (em maio deste ano, o volume de vendas ainda era 7,7% inferior ao de fevereiro de 2020), o rendimento dessas lojas será responsável por 43,7% do total de vendas do Dia dos Pais, com faturamento de R$ 3,18 bilhões.

Em seguida, vem os ramos de utilidades domésticas e eletroeletrônicos (R$ 1,24 bilhão) e produtos de perfumaria e cosméticos (R$ 1,07 bilhão).

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Mais da metade das vendas ocorrerá no Sudeste

Regionalmente, São Paulo (R$ 2,33 bilhões), Minas Gerais (R$ 662,7 milhões) e Rio de Janeiro (R$ 612,5 milhões) tendem a responder pela maior parte (51,3%) da movimentação financeira com a data neste ano.

As principais unidades da Federação deverão registrar avanços reais em relação ao ano passado, com destaque para as taxas esperadas no Ceará (+17,2%), Espírito Santo (+12,2%) e Rio Grande do Sul (+11,0%).

Recorde de Contratações temporárias

O avanço das vendas também deverá se replicar nas contratações de trabalhadores temporários.

Segundo a CNC, é esperada a criação de 18,5 mil vagas temporárias para atender à demanda sazonal das vendas. Se confirmado, esse deve ser o maior contingente desde 2014 (20,3 mil).

Hiper e supermercados (8,2 mil) e vestuário (7,8 mil) são os que mais apostaram na contratação. O salário de admissão está entre R$ 1.638 na média do varejo (crescimento de 1,2% em termos nominais ante o mesmo período do ano passado).

Confira a análise completa.

Para saber mais, acesse o site da CNC.


EDIÇÃO DO DIÁRIO DO TURISMO com agências.

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