O destino investe pesado na promoção de sua imagem no mercado brasileiro. Tryfonopoulos aproveitou a estada para encontros paralelos com autoridades e empresários. (publicado dia 5 de maio)
Marcos J T. Oliveira, repórter freelancer do DIÁRIO
O turismo é a grande especialidade e motor da economia grega. Com opções de roteiro que vão desde cruzeiros por suas ilhas paradisíacas e famosas, como Mykonos e Santorini, às menos conhecidas Kos, Kefalonia e Rhodas, além de visitas às ruínas da acrópole de Atenas, como o Partenon, e um turismo vivo de experiências sensoriais. Por isso, o destino investe pesado na promoção de sua imagem no mercado brasileiro.
Não é à toa que o secretário-geral da Organização Nacional de Turismo da Grécia, Dimitris Tryfonopoulos, visitou o Brasil para prestigiar a Word Travel Market Latin America 2017, realizada em São Paulo entre 4 e 6 de abril. Aliás, a única autoridade de alto escalão do Velho Continente a prestigiar a maior feira de turismo da América Latina.
Além da visita, Tryfonopoulos aproveitou a estada para encontros paralelos com autoridades e empresários, um deles foi David Barioni, presidente da SPTuris. O DIÁRIO conversou com o representante grego, que mostrou-se muito satisfeito com os números, apesar da economia brasileira não estar a pleno vapor. Acompanhe:
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DIÁRIO – Fale um pouco sobre o turismo na Grécia.
Dimitris Tryfonopoulos – Apesar das crises econômicas recentes, o turismo nunca caiu, ou seja, tivemos momentos econômicos difíceis posteriormente também, mas a indústria turística sempre foi mantida. Para ter uma ideia, em 2015, o turismo foi a indústria que mais trouxe ingressos à Grécia, um recorde. Recebemos 26 milhões de turistas estrangeiros (o triplo de nossa população), em 2016 foram 28 milhões de visitantes internacionais e nossa expectativa para fechar 2017 são os 30 milhões. Os cinco principais mercados de turistas para a Grécia são Alemanha (3,2 milhões de visitantes), Reino Unido (2,8 milhões), França (2 milhões), Itália (1.2 milhão) e Polônia e Rússia (1 milhão cada). Atualmente, temos apostado bastante no Brasil e em outros países do Brics, com destaque para Índia (100 mil) e China (200 mil).
DIÁRIO – Como será a promoção do destino no mercado brasileiro? Que outras ações estão planejadas?
Dimitris Tryfonopoulos – O mercado brasileiro é uma das apostas do turismo grego. Aproximadamente 20 mil brasileiros visitam nosso país e, atualmente, nossa meta é elevar esse número para 100 mil ao longo dos próximos três anos. Cerca de 54% dos passageiros que desembarcam na Grécia vão mais de uma vez e a ideia é que o mesmo movimento se dê em relação aos visitantes brasileiros. Não se trata apenas de um número, queremos satisfazer o consumidor.
Temos muita variedade de atividades, é possível ver de tudo em um país pequeno. Queremos divulgar mais que o turismo de sol e praia – que é referência -, mas temos muito mais a oferecer. Esporte, mergulho, neve, turismo histórico e muitos brasileiros não sabem disso. Queremos fortalecer uma rota famosa, curiosamente do apóstolo Paulo que passou por Atenas. Outro nicho que vamos investir é com o intercâmbio e o turismo escolar, frisando que a Grécia é um país muito seguro para viagens em grupos de estudantes.
DIÁRIO – Quais suas expectativas para os próximos anos e o que mais fez no Brasil?
Dimitris Tryfonopoulos – Como comentei acima, minhas expectativas são as melhores possíveis e quero ver o número de turistas brasileiros aumentar constantemente. Quero mostrar a Grécia como um destino preferencial no cenário internacional e a projeção de um crescimento evidente neste ano. Os dois povos são muito parecidos. Destaco novamente que a segurança é um tema muito importante para nós, uma vez que somos um povo muito pacífico.
Com minha passagem por São Paulo aproveitei para diversos encontros com empresários gregos e brasileiros, além de encontrar-me com a comunidade de meu país residente na capital paulista. Além dessa cidade, vamos implementar ações em outras regiões do Brasil