Ana Ontaneda, diretora de promoção e mercado do Ministério do Turismo do Equador, marcou presença no Road Show ocorrido nesta semana em São Paulo. O mesmo evento já passou pelo México, Chile e Argentina.
Em entrevista exclusiva ao Diário do Turismo, a representante ressaltou particularidades do mercado internacional para o turismo equatoriano. Além disso, exaltou a infraestrutura, gastronomia e o turismo familiar, pilares do setor no país.
DT: Como é o perfil do turista brasileiro que visita o Equador?
Ana Ontaneda: Para o Equador o mercado brasileiro é muito importante por conta da sua média por estadia e média de gastos. O turista brasileiro tem um alto poder aquisitivo, gosta muito de ir às Ilhas de Galápagos e o custo deste destino é alto por ser exclusivo.
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Sem as restrições os brasileiros também vão pelo turismo cultural. E por isso o interesse em investir no Brasil. Antes da pandemia tínhamos 26 mil visitantes anuais e até setembro deste ano foram 11 mil turistas. Esperamos chegar ao ponto de equilíbrio no próximo ano sem as restrições.
DT: Quais são os países que mais visitam o Equador?
Ana Ontaneda: Os americanos são os que mais visitam o Equador. Eles sempre visitaram o país mesmo durante a pandemia, mas em números menores é claro. O Reino Unido também é um mercado importante para nós, seguidos da Alemanha, França e Espanha.
A Espanha tem um turismo familiar, por todos os espanhóis que viveram no Equador durante tantos anos e agora seus filhos e netos estão regressando ao Equador para conhecer um pouco da sua cultura. Brasil e Chile a nível regional são muito importante para nós.
DT: Depois de toda crise gerada para o setor durante a pandemia da Covid-19, o Equador está pronto para o turismo? Tem fácil acesso aéreo?
Ana Ontaneda: Bom, uma das maiores conquistas do governo equatoriano foi vacinar todas as pessoas do setor turístico. Isso nos levou uma retomada mais fácil e rápida. O Equador está pronto para o Turismo! Temos hotéis cinco estrelas, cadeia internacionais de hotéis, hotéis boutique. Temos hoteleiros que reformaram casas antigas e fizeram hotéis boutique acessíveis a todos os bolsos.
O Equador é um país que tem muitos segmentos, desde famílias inteiras com suas crianças, casais em lua de mel, turismo de romance. Há também os aposentados que vão passear, conhecem nossas cidades e acabam comprando uma casa no Equador para viverem seus dias de descansos. Cuenca, por exemplo, é um lugar onde vivem muitos estrangeiros.
Além disso, a conectividade com a região está sendo mais direta. Temos escalas com o Brasil, mas estamos fazendo comercializações para termos rotas diretas. E sem restrições não há nenhum impedimento é acessível. Nossos aeroportos são de primeira linha e todo sistema viário está muito bom para receber a todos.
Estamos muito focados no turismo de aventura e abertos aos destinos culturais. E depois da pandemia são valorizadas mais atividades ao ar livre e nós as temos. E quanto ao turismo cultural, temos os centros históricos mais bonitos da América Latina.
DT: Em 2021 vocês estiveram com 15 restaurantes no 50 Best Discovery. Como é a gastronomia equatoriana?
Ana Ontaneda: O Equador é um país que tem muita gastronomia, a variedade é o que chama a atenção, os frutos do mar são de primeira e são conhecidos a nível mundial. Cada região dos nossos 4 mundos (Galápagos, Costa do Pacífico, Andes e Amazônia) tem uma prato principal, são muito diferentes entre si.
Por exemplo, nos Andes, a carne de porco é muito forte. Na Costa, os frutos do mar. Na Amazônia, o cacau. Há também o nosso café. E o arroz, que vai em todas as refeições diárias. Além disso, estamos também produzindo vinhos de qualidade devido nossa posição geográfica.
DT: Como é para o turista transitar pelo Equador?
Ana Ontaneda: Somos um país pequeno, portanto, as distâncias são muito curtas. Então não há a necessidade de muitos dias para poder conhecê-lo. A quatro horas da capital se tem praia e também a Amazônia. O clima muda em questão de horas. Os voos domésticos duram minutos, os mais longos são de 45 a 50 minutos, então temos fácil acesso para transitar pelo país.
Entrevista por Mary Ellen Aquino, do DT – Edição Clara Ribeiro