Dicas úteis aos viajantes de última hora para os Jogos Olímpicos Rio 2016, por André Shirai

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Por André Shirai Vieira, diretor de Produtos e Marketing Amadeus América Latina

A contagem regressiva para os primeiros Jogos Olímpicos da América do Sul já começou. Para os viajantes de última hora que têm a esperança de que vale a pena esperar por promoções de viagem, a realidade será desafiadora. Meio milhão de viajantes estão a caminho do Rio de Janeiro – todos em busca da melhor maneira de se deslocar pela cidade durante os jogos.

Nos quatro anos que se passaram desde a Olimpíada de Londres, algumas coisas não mudaram. Você ainda pode ir a vários eventos – se estiver disposto a pagar um pouco mais, ser flexível com horários, ser paciente com as filas, e começar agora.

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Como nos Jogos de Londres, você não precisa de ingresso para alguns eventos – como a maratona ou as competições de ciclismo – apenas um lugar na sombra ao longo do percurso. As tarifas aéreas quatro anos atrás estavam altas, mas ainda dá para encontrar promoções para voar para o Rio. Os hotéis podem ter preços melhores que na última Olimpíada, graças à presença de novas plataformas de compartilhamento de hospedagem, uma comunidade de hospedagem na qual as pessoas divulgam, descobrem e reservam acomodações no mundo todo. Talvez a única grande constante dos Jogos sejam as multidões. Quanto melhor você se programar, melhor será a sua diversão.

Chegar ao Rio é relativamente fácil. Circular pela cidade durante os jogos não deverá ser tanto. Por exemplo, o aeroporto (Galeão – Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim) fica longe do centro da cidade, por isso combinar a sua chegada na cidade com o horário de um evento importante que você quer assistir será um feito olímpico por si só. Os Jogos vão atrapalhar qualquer trajeto, então a melhor tática para não perder uma prova que você está esperando há quatro anos é chegar com algumas horas de antecedência. Horas.

Algo para considerar sobre os horários dos Jogos: é possível que o horário de uma prova seja alterado sem aviso prévio, particularmente se os eventos anteriores atrasarem por causa de uma prorrogação, tie-break, ou algo do gênero. Então planeje-se para isso.

A venda de ingressos está disparando à medida que nos aproximamos dos Jogos Olímpicos. Com cerca de 7,5 milhões de ingressos para os jogos à venda, quase dois terços já tinham sido vendidos ao final de abril. Na metade de junho, 1,8 milhão ainda estavam à venda. Há ingressos a partir de algumas dezenas de reais mas os preços para as finais podem passar de R$ 1.000. Uma observação importante: Vários hotéis incluíram ingressos para determinadas partidas em seus pacotes, uma opção para contornar a situação.

Por conta dos Jogos Olímpicos, os preços dos hotéis no Rio subiram cerca de 300% com a proximidade do início do evento. Talvez cerca de 10% da oferta hoteleira total ainda esteja disponível. É melhor correr.

Ao escolher um hotel, localização é tudo. Por exemplo, Copacabana e Ipanema são bairros cariocas bem localizados em relação aos locais dos jogos, porém mais caros. A menos que você tenha algum conhecido no Rio, é melhor usar os serviços de uma agência confiável para encontrar a acomodação ideal para você e para o seu bolso.

Você também deve se familiarizar com o mapa do Rio. Isso vai ajudá-lo a escolher o bairro certo – por exemplo, se você curte experiências gastronômicas, você vai querer estar perto de bons restaurantes e feiras. É bom avaliar as possibilidades: apartamento ou casa; cobertura ou primeiro andar; com boa vida noturna ou um lugar tranquilo; com todos os serviços (internet, linha telefônica, lavanderia, etc.) ou só básico.

Embora alguns especialistas em turismo recomendem ficar próximo a opções de transporte público, o metrô do Rio tem alcance limitado, com apenas algumas linhas, apesar de ser a segunda maior cidade do Brasil. Espera-se que eles estejam cheios. Mas pode ser uma boa opção se você se sentir apto a decodificar o mapa do metrô e explorar o Rio de forma rápida e acessível. Ainda que seja barato, algumas linhas do metrô podem ser reservadas em determinados horários para transportar os fãs e parte das 140.000 pessoas que trabalham nos bastidores da Olimpíada.

Para aqueles mais preocupados em ir do ponto A ao ponto B, um táxi amarelo (com taxímetro) pode ser a melhor opção. Os táxis são abundantes, fáceis de chamar e as tarifas são definidas pela prefeitura, mas é recomendável sempre perguntar a previsão de chegada antes, para evitar fraudes.

Os aplicativos de compartilhamento de carros também são opções, apesar de terem provocado muita controvérsia. Os taxistas locais certamente não gostam muito deles. Como esta é a primeira Olimpíada na qual esses aplicativos estarão disponíveis, ainda não se tem certeza se mesmo com esta nova tecnologia, a oferta irá atender a demanda.

Alugar um carro é fácil e faz sentido para aqueles que viajam em grupo, pela flexibilidade e economia. Isso porque os locais dos jogos podem estar longe um do outro, o que torna o custo de um taxi uma despesa a ser considerada importante. Tenha em mente que dirigir pela cidade pode ser uma aventura. A sinalização é falha e viajar pelo centro da cidade pode ser bem difícil – particularmente se você encontrar um engarrafamento – e o trânsito no Rio pode ser épico.

Aproveite estas dicas e curta o Rio, porque , no final, nunca vai te decepcionar o conjunto da obra.

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