É hora de abrir o olho para o Turismo de Negócios

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*Por Alexandre Rodrigues

 

Quando falamos sobre turismo no Brasil, automaticamente nos vem à mente nossas belas praias e as inúmeras paisagens encantadoras dos quatro cantos do país. No entanto, é comum esquecermos que, diariamente, milhares de executivos viajam pelo nosso território para participar de reuniões, palestras, conferências e outros eventos corporativos.

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O turismo de negócios é o segundo maior fator de atração de estrangeiros ao Brasil. A estimativa é que 25,3% dos turistas que procuram o país são motivados por negócios. Só no primeiro semestre de 2015, o setor movimentou R$6,95 bilhões em viagens áreas, diárias de hotéis, locação de veículos e demais serviços. Além disso, quem vem ao Brasil a negócios gasta, em média, U$102,18 por dia, o que representa 50% a mais do que desembolsa o viajante a lazer.

Todos esses números provam que o turismo de negócios é uma atividade extremamente lucrativa, que continua em alta mesmo em um período de crise. Aliás, é justamente nesses tempos difíceis para a economia que as melhores organizações procuram investir em feiras e exposições para fortalecer suas marcas e fechar novos negócios.

Se este é um mercado tão aquecido, existem aí inúmeras oportunidades que poderiam ser melhor aproveitadas por empresas locais e pelo próprio poder público. Ainda faltam serviços personalizados para esses viajantes corporativos, além de uma infraestrutura básica (incluímos aqui sinalização, segurança, transporte, etc) que pode ser aprimorada.

Uma das alternativas para aproveitar essa demanda e resolver alguns dos problemas é a tecnologia. Por meio de plataformas e aplicativos, é possível entregar uma experiência melhor para viajantes de negócios. Não é à toa que o número de startups ligadas ao turismo vem crescendo bastante por aqui.

Outra tendência é o aumento no número de parcerias entre empresas que trabalham com organização de eventos ou com serviços voltados a turistas de negócios. Quando diversos agentes se unem, multiplicam-se as redes de contatos e a chance de sucesso é maior.

Independente de qual for a estratégia utilizada, quem está envolvido no setor precisa urgentemente se movimentar para agarrar todas as oportunidades que estão em jogo. Estamos falando de um mercado em crescente expansão, que pode estimular micro e pequenas empresas de diversos segmentos. Basta abrir os olhos para enxergarmos o tamanho da oportunidade e do público em busca de soluções qualificadas para problemas comuns.

*Alexandre Rodrigues é CEO e fundador da Evnts, plataforma tecnológica de reserva de hotéis para eventos e grupos. É formado em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (UnB). Antes de fundar sua startup, trabalhou na OFEX, empresa de organização de eventos.

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