A viagem à capital federal foi feita especialmente para entrevistar o CEO da HPLUS, Francisco Calvo, e aconteceu durante a semana que antecedeu o julgamento da presidente afastada Dilma Rousseff por meio do processo democrático conhecido por impeachment . Mesmo tendo à frente um economista que decidiu, após um teste vocacional, ser hoteleiro, o foco da entrevista com o CEO, gravitou em torno de ideias relativas à gestão e desenvolvimento hoteleiro.
No entanto, a capacidade de abstração, síntese e análise de Francisco Calvo, permeou a entrevista elevando o diálogo a um nível que extrapolava a mera coleta de números, datas e percentuais tão usuais no jornalismo raso. “O capitalismo se baseia em uma criação de valor contínua em que as pessoas confiam para consumir, gastar e investir. Isto está acontecendo. Dentro da nossa atividade hoteleira, temos outro aspecto que não é só a recuperação econômica, tivemos um crescimento da oferta hoteleira, que aconteceu de forma simultânea com a recessão econômica. A necessidade para o nosso setor é que essa recuperação seja ainda mais forte. Isso é um início alentador”, afirmou de uma só tacada, Calvo, ao ser questionado sobre uma leve reação dos índices econômicos no varejo divulgados pelo IBGE naquela semana.
“O capitalismo se baseia em uma criação de valor contínua em que as pessoas confiam para consumir, gastar e investir. Isto está acontecendo”
Há menos de um ano no cargo, Calvo já traz na ponta da língua os modelos de gestão da sua rede hoteleira e soube descrever como poucos o produto com o qual trabalha. “Tenho empreendimentos desde Express a Long Stay. Com essa segmentação de marcas, tenho a pirâmide ideal que uma empresa hoteleira precisa para controlar o mercado, comercialmente falando, e, com isso, fidelizar”, sintetizou.
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Mas o que sempre se sobressai no perfil de um líder é sua capacidade em reconhecer talentos. Calvo, acompanhado do recém-contratado diretor de vendas e marketing, Ricardo Aly, reconheceu a importância de sua equipe. “Muito está baseado nessa nossa capacidade de controle, supervisão e comercialização. Agora estamos criando uma equipe. Quem vai fazer a diferença não é o mercado, é a equipe que criaremos”, prognosticou.
Com as decisões políticas e, por tabela, as econômicas, sendo debatidas a poucas quadras dali, no Congresso Nacional, Francisco Calvo, como um economista visionário afirmou: “administramos hoje, a metade dos metros quadrados que administraremos em cinco anos”. Quem quiser saber, basta fazer as contas.
