O jornalista e colaborador do DIÁRIO Fábio Steinberg viajou esta semana para Nova York, nos Estados Unidos e de lá inicia a série DIÁRIO do OUTONO. Depois vai viajar para New Hamshire, um lugar praticamente desconhecido de brasileiros. Confira abaixo o primeiro texto de Steinberg:
Faz cinco anos que não visitava Nova York. Há boas notícias. Passada a pior fase da pandemia, a cidade está em pleno vigor e com pressa para a sua normalidade, como se estivesse em busca do tempo perdido. Depois de viajar para cá mais de cem vezes, eu não deveria me surpreender com este dinamismo. Mesmo assim, ainda me impressiono. Neste meio tempo, restaurantes e lojas de sucesso surgiram do nada, outros desapareceram sem deixar vestígios. Há novos modismos, e é preciso se antenar 24 x 7 para não buscar por locais que sumiram do mapa ou dar derrapadas com algum comentário infeliz sobre algo que caiu em desgraça.
A Nova York do momento lambe as feridas dos traumas causados pela pandemia. Embora a cidade mostre a famosa capacidade de se reciclar e inovar, parte de seu DNA, ainda ficaram cicatrizes. A pior delas são inúmeros homeless espalhados pelas ruas, por sua vez recheadas de imóveis vazios de comércios que não resistiram ‘a crise provocada pela pandemia. Some-se a inflação, velha conhecida dos brasileiros, mas até recentemente fora do radar dos americanos.
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Mas o lado bom se sobrepõe. Nova York resgata a velha pujança com garra e graça. Há obras por todos os lados, como aliás sempre foi parte do cenário. A metrópole costuma se alimentar de reformas e novidades, fonte de sua juventude e charme, algo que sempre encanta o visitante. Por isto, ruas sendo esburacadas para obras e prédios em construção ou retrofit estão de volta. Mas o maior espetáculo mesmo são os novaiorquinos, natos ou não, que oferecem o sal e a pimenta que dá o delicioso sabor exclusivo da cidade.
Enfim, o que não falta em New York são novidades e o que fazer. Falarei disso nos próximos dias.
*Fábio Steinberg é jornalista, escritor e editor colaborador do DIÁRIO