“Em minha civilização, aquele que difere de mim, longe de me lesar, me enriquece”.*
Saint-Exupéry
Sempre que nos deparamos com pessoas que discordam ou são muito opostas à nós tendemos a nos afastar. Justamente pelo fato da comunicação ser muito mais fácil com aqueles que são similares a nossos gostos, opiniões, objetivos e ideias.
Mas pense num mundo onde todas as pessoas são absolutamente iguais, todas com a preferencia da mesma cor, mesma comida preferida, mesma ambição de profissão, ou até mesmo gosto musical. Seria no mínimo monótono, não é mesmo?
Agora pense quantas vezes alguma experiência nova ou surpresa partiu de algo em que você não conhecia (como por exemplo, experimentar um sabor de sorvete novo, fugindo do costume do sabor de sempre), ou de pessoas que acabam nos mostrando ideias e sugestões de algo que você normalmente não cogitaria.
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Um exemplo disso, é a própria trajetória de Saint-Exupéry, que além de escritor era também piloto da Aéropostale. E como piloto, outra grande função que exercia era ser responsável pelo resgate de seus companheiros quando acidentados no deserto, lugar esse que era ocupado por mouros rebeldes e para libertação dos pilotos feitos de reféns cobravam pelo seu resgate.
Esse pode ser um belo exemplo de atitude em que Saint-Exupéry, na função de conciliador, tinha que aprender com as diferenças daqueles homens para usar a favor de seus companheiros. E não atoa, Saint-Exupéry enquanto serviu por 18 meses na África, em Cabo Juby (hoje em dia chamado de Tarfaya, Marrocos), ele tinha uma habilidade tão grande que ele conseguia minimizar conflitos entre as próprias tribos, por sua conduta conciliadora e negociadora, foi chamado de *“Senhor das Areias”*.
Crédito José Augusto Cavalcanti Wanderley com revisão de Nicole B. Vieira da Rocha Santos