A Embraer apresentou nesta quarta-feira o Plano de Demissão Voluntária (PDV) a todos os seus funcionários no Brasil. A medida integra um pacote para reduzir as despesas em US$ 200 milhões ao ano e vai vigorar entre 23 de agosto e 14 de setembro nas cinco unidades da companhia no país.
A fabricante de aviões emprega 17 mil trabalhadores no Brasil, sendo 12,3 mil apenas em São José dos Campos (SP), onde está localizada a matriz. A empresa não informou quantos funcionários pretende demitir. Os desligamentos devem ocorrer a partir de 1º de outubro.
Os ocupantes de todos os níveis hierárquicos poderão aderir ao programa, inclusive de cargos de chefia, ao contrário do que tinha sido informado anteriormente. O PDV oferece bônus de 40% do salário por ano trabalhado e convênio médico e odontológico por seis meses.
A proposta foi ao Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos. A entidade é contra o PDV porque significa mais demissões, mas ressaltou que a Embraer se mantém “intransigente”. Em nota, o sindicato disse que vai conversar com os funcionários da empresa para chegar a uma alternativa que evite os cortes.
No balanço do segundo trimestre a Embraer registrou prejuízo líquido de R$ 337,3 milhões, revertendo os ganhos de R$ 399,6 milhões um ano antes. A receita líquida total atingiu R$ 4,8 bilhões, com crescimento de 2,4% na comparação anual.
(VALOR ECONÔMICO)