As companhias italianas de navegação Costa Cruzeiros e MSC anunciaram na quinta-feira (19) a suspensão de todas as escalas de seus navios previstas em Túnis, na Tunísia, um dia após um atentado no qual alguns de seus passageiros foram atingidos.
Dezenove pessoas – 17 turistas e dois tunisianos – morreram no atentado de quarta-feira contra o Museu do Bardo na capital do país.
“Depois do que aconteceu, decidimos cancelar todas as próximas escalas de nossos navios em Túnis, previstas para o Costa Fortuna, o Costa Favolosa e o Costa NeoRiviera”, anunciou em um comunicado a companhia italiana Costa Cruzeiros.
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“A segurança dos passageiros e da tripulação é uma prioridade para a Costa Cruzeiros e uma condição indispensável para oferecer férias serenas e agradáveis aos nossos clientes”, explicou a empresa, que enviou uma equipe especializada para assisti-los.
A empresa informou que 13 de seus passageiros não voltaram a embarcar no cruzeiro Costa Fascinosa após o atentado contra o museu do Bardo.
A mesma decisão foi anunciada poucas horas depois pela MSC Cruzeiros, em cujo cruzeiro “Splendida” viajavam 9 passageiros que morreram. Através de um comunicado, a empresa indicou que 12 passageiros ficaram feridos e 6 não subiram a bordo. O cruzeiro partiu nesta quinta-feira com destino a Barcelona.
Convocação urgente
O cruzeiro Costa Fascinosa estava na quarta-feira (18) no porto de Túnis com 3.000 passageiros a bordo. Vários deles desembarcaram para visitar a cidade e precisaram ser convocados de urgência pelo comandante após o ataque ao museu.
“Os excursionistas foram convocados para retornar imediatamente a bordo”, contou a empresa, declarando que as forças de segurança tunisianas mobilizaram um dispositivo de segurança em torno da zona onde estavam atracados.
A embarcação zarpou na noite de quarta-feira para Palma de Maiorca (Espanha) apesar da ausência de 13 passageiros, sobre os quais a companhia não pôde obter informações precisas.
Os itinerários de três ferrys que deveriam fazer escala em Túnis foram modificados, com novas escalas em Malta, Palma de Maiorca e Cagliare (Sardenha, Itália). (France Presse)