Praticamente todas as associações empresariais do turismo assinam a Carta Aberta ao Governo Federal remetida nesta terça-feira (24). Seu teor principal é que nenhuma dessas categorias representadas está satisfeita com as MPS anunciadas até o momento pelo governo federal para manter as empresas funcionando e os empregos. “Diferentemente de outros setores econômicos, onde há queda na produção, o TURISMO PAROU”, diz um trecho. O DIÁRIO transcreveu a carta, na íntegra, aos seus leitores, confira:
CARTA ABERTA AO GOVERNO FEDERAL
A MP 927 NÃO ATENDE AOS EMPREGOS DO SETOR DE TURISMO.
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Com 80% dos hotéis e resorts e a totalidade de parques e atrações turísticas do Brasil FECHADOS, os setores apelam por ajuda do governo federal para manter os empregos. As restrições às viagens ao redor do mundo em função da Pandemia e a necessidade de isolamento social PARALIZAM a cadeia de turismo e assolam a economia de forma global.
As MPs anunciadas até o momento pelo governo federal brasileiro, sobretudo as trabalhistas, não representam NENHUMA solução para o setor. Diferentemente de outros setores econômicos, onde há queda na produção, o TURISMO PAROU. De que adianta diminuir jornadas de trabalho ou salários, ou autorizar o teletrabalho se PARQUES E HOTÉIS JA ESTÃO FECHADOS? Não havendo DESLOCAMENTO de pessoas, não há prestação de serviços e não há produção. TURISMO NÃO SE ESTOCA. Comunidades e destinos inteiros podem sofrer com o DESEMPREGO!
Os setores representados pelas associações hoteleiras e de parques do Brasil, Resorts Brasil, ABIH, FOHB, FBHA, BLTA, Sindepat, Adibra e Unedestinos REAFIRMAM: as empresas não suportam este impacto financeiro, não é prejuízo, é FALÊNCIA iminente e supressão imediata dos empregos deixando de movimentar R$ 31,3 bilhões na economia brasileira.
Nossa luta é para manter mais de 1 milhão de empregos diretos e indiretos. Se países como França, Espanha, Portugal, Itália, Estados Unidos, Argentina, Uruguai adotaram medidas imediatas para manter empregos e salvar a economia do turismo, o BRASIL deve fazer o mesmo. Se não o fizer, a recessão levará ao caos completo com desemprego e violência, nada menos de 4 milhões de pessoas impactadas (mais da metade da população do Rio de Janeiro ou 1/3 da população de toda a cidade de São Paulo). Um desastre total para a recuperação não só da economia, mas da imagem do DESTINO BRASIL. Essa luta não é só nossa, é do Brasil.
Associação das Empresas de Parques de Diversões do Brasil (ADIBRA)
Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH)
Brazilian Luxury Travel Association (BLTA)
Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA)
Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB)
Resorts Brasil (Associação Brasileira de Resorts)
Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (SINDEPAT)
União Nacional de CVBx e Entidades de Destinos (UNEDESTINOS)