REDAÇÃO DO DIÁRIO –
Manuel Gama, presidente do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil e um dos mais experientes hoteleiros do mercado nacional conversou nesta segunda-feira (18) com o editor do DIÁRIO, jornalista Paulo Atzingen, Entre os vários assuntos abordados (que serão publicados em entrevista exclusiva esta semana), um que se destacou foi sua análise sobre o Impeachment e seus desdobramentos.
Segundo ele, o formato em que o país estava o classificava como desacreditado: “Com o governo totalmente desacreditado e uma crise política que se refletia numa imensa insegurança do investidor estrangeiro e do investidor nacional, haja visto pelas declarações sindicais, federações de comércio e indústria…podemos ver luz no fim do túnel, agora”, afirma Gama.
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“As indústrias também estavam com medo de investir para ter mais liquidez, eventualmente demitindo pessoas para acompanhar a queda de vendas. Os bancos não estavam emprestando, então, a economia estava travada”, destacou.
Questionado se o impeachment por si só vai resolver o problema, Manuel é cético: “Acho que não é só isso que vai resolver. Mas pelo menos abrir uma porta para um diálogo nacional que reverta a confiança do investidor, seja nacional ou estrangeiro. Este é o lado positivo da história. Vai nos levar, se fizermos tudo certo, com reformas tributárias, reformas políticas, enxugamento da máquina pública, nos levará de dois a três anos para voltarmos ao crescimento que estávamos há três ou quatro anos; não é uma saída fácil”, contemporizou.
Sobre a posse do vice, Gama garante que será uma tarefa árdua. “Não sei se é o (Michel) Temer quem vai assumir, mas, se sim, terá uma tarefa árdua e uma missão muito difícil para colocar o país nos eixos. Para nós, hoteleiros, para a nossa taxa de ocupação, não deixou de ser uma boa notícia”, ponderou.
Acompanhe entrevista completa com Manuel Gama, presidente do FOHB, na edição de quarta-feira (20) do DT.