Equipotel 2022: Caio Esteves, da Bloom Consulting, explica o que marca-lugar

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Na Equipotel 2022, Caio Esteves, sócio-global da Bloom Consulting, falou ao DIÁRIO durante o evento que falava da importância da criação de “marca lugar” para alavancar a hotelaria e o turismo

O que faz um lugar ser memorável: suas atrações turísticas, gastronomia, aspectos históricos, culturais e muito mais? 

E dentro desses aspectos, como se posicionar como “marca lugar” para seus hóspedes, turistas, etc?

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Para responder essas e outras perguntas, o DIÁRIO conversou com Caio Esteves, Global Managing Partner of Placemaking na Bloom Consulting, na Equipotel 2022. A empresa internacional é 100% especializada em criação de marcas para cidades, lugares, regiões e países. 

Hoje, 13, ele ministrou a palestra “Place Branding como alavanca para a Hotelaria”, no Conotel.

Confira abaixo a entrevista

DIÁRIO – Por gentileza, para quem ainda não é familiarizado com o termo, pode explicar o que é Place Branding? 

Caio: Tá, vamos lá, vamos começar do que não é. Eu acho que é mais fácil (risos). Não é  logotipo de um lugar e não é mensagem visual de um lugar. É o pensamento de um lugar,  independente da escala, enquanto marca. Mas no sentido de marca enquanto conceito, enquanto identidade.

Ele é um processo que identifica as locações do local, potencializa as identidades existentes no lugar, para que com isso, ele consiga fortalecer esse lugar, independente do vetor do desenvolvimento econômico que a gente esteja falando.

Outra coisa importante a dizer, essencial, é que não se faz pra esse branding sem envolver as pessoas em algum nível, porque no fim das contas, a característica mais importante do lugar é que seja autêntico e legítimo.

DIÁRIO – Como a hotelaria e os pontos turísticos podem marcar seu lugar na experiência do cliente? 

Caio: Eu acho que tem uma questão que é direta aí. Acredito que, primeiro, tem uma compreensão de que existe uma relação quase que dialética entre hotelaria e marca-lugar. Pois, se por um lado ela se beneficia de um destino conhecido, de uma marca-lugar sólida, e se a gente fizer uma marca-lugar sólida como manda o figurino, e a vocação for turística, evidentemente vai ser um grande ganho, concorda?

Pois traz um valor agregado absurdo pra hotelaria. Por sua vez, existem exemplos no mundo lá fora, não é? De hotéis que colaboraram, que foram tão interessantes e inteligentes, que colaboraram pra transformar o próprio lugar no destino. E não só hotéis, como galerias de arte.

Inhotim: um exemplo de marca lugar

Vamos pegar um exemplo de Inhotim (Brumadinho -MG), por exemplo, que acho que é uma unanimidade…?

Aquela ação, aquele parque, aquele museu, vamos dizer assim, ao mesmo tempo conseguiu não só ser relevante culturalmente e artisticamente, como ancorar a transformação ou a qualificação como um todo. E tem vários exemplos como esse.

DIÁRIO – Quais os desafios para se posicionar como marca-lugar?

Caio: Eu acho que o principal desafio é realmente uma mudança de mentalidade. Eu acho que existe um sacrifício de conhecimento sobre o que é o assunto.  Buscar entender o que é essa transformação, que eu percebi, propõe. Pois ela tem um impacto não só na comunidade, mas também nos seguimentos econômicos daquele lugar como um todo.

Então, ser bom para o visitante, ser bom para o morador, vai ser bom para o empreendedor, vai ser bom para o comerciante, vai ser bom para o poder público, que é uma coisa que a gente às vezes esquece. Mas o poder público se beneficia justamente na medida que subiu seu capital, sua arrecadação, e os governos que entendem isso também tendem a ter uma visão mais aberta.

E mais eu diria: acolhedora, que é capaz de propor. Então, a partir da marca-lugar, toma aquele caminho.

Para saber mais, acesse o site oficial da empresa.


*Por Caroline Figueiredo – Repórter do DT

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