Momento de reflexão com a volta ao evento presencial, a 59ª. Equipotel – que termina nesta sexta-feira (16), no SP Expo, na capital paulista,
Áreas sensíveis nas estruturas hoteleiras como governança – que ganham protagonismo ainda maior com protocolos pós-pandemia – encontram nas ferramentas tecnológicas aliado de envergadura, para imprimir maior produtividade e eficiência a suas estruturas
Momento de reflexão com a volta ao evento presencial, a 59ª. Equipotel – que termina nesta sexta-feira (16), no SP Expo, na capital paulista, não deixa passar batido um tema que é relevante: como a tecnologia, desenvolvida com olhar particular para a gestão dos negócios da hospitalidade, pode contribuir para a retomada e novo desenho do setor. “Novas Tecnologias para Velhos Problemas” tema que reuniu, na tarde do terceiro dia da feira, gestor, desenvolvedor de tecnologia, uma governanta de rede hoteleira e o dirigente de uma entidade do segmento. A pluralidade de enfoque acrescentou ao público presente resultado prático e dimensão sob medida.
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Durante a apresentação do tema, as atenções se concentraram nos relatos de Josiane Magalhães, governanta do Ibis Combo Tamboré, da rede Accor, que detalhou o quanto a solução desenvolvida pela consultoria de tecnologia marQ Consultoria aprimorou a rotina nas duas torres dos hotéis onde atua.
Com evasão de mão-de-obra no período da pandemia, o desafio se acentuou, mas o case apresentado pela governanta atesta que a plataforma utilizada na operação cercou de maior confiabilidade as informações, com redução de retrabalho para as arrumadeiras, otimização de processos e comprovado salto de produtividade. E os ganhos avançaram, segundo a colaboradora da rede Accor, na comunicação com os outros departamentos do hotel, como as áreas de manutenção e recepção.
“Amigável, a ferramenta exigiu treinamento mas, sobretudo, conscientização e reconhecimento do benefício, por parte de todo o staff relacionado à atividade da governança”, avalia Magalhães. Para quem é perfeitamente possível vencer a resistência quando a arrumadeira assimila que a tecnologia auxilia na sua rotina e tem, de fato, um aspecto positivo para o trabalho como um todo.
Nortear estratégia – Carlos Bernardo, diretor de operações corporativas da rede Accor, a solução contribui no desafio de nortear estratégias e administrar custos, num cenário em que as diárias médias não corrigiram a inflação nos três últimos anos. A operação monitorada contribui, segundo ele para a organização traçar metas e já começa a se estruturar também a extensão para a gestão de pessoas, com avaliação de equipes e discussão de planos de carreira, ainda embrionário, mas possível, segundo adianta o executivo.
Luis Tito, diretor da marQ, desenvolvedora da plataforma, o que ocorreu no contrato – no início de exclusividade com a Accor – foi o da transformação baseada na confiança. Com a ocupação hoteleira recuperando os patamares de antes da pandemia, a percepção sobre o papel da governança ficou ainda mais evidente, porque era preciso manter o grau de qualidade no produto, com menos mão-de-obra.
A solução permitiu avanços que passam por inventariar os quartos, rastrear o andamento do serviço de arrumação. “Informação em tempo real para atribuir valor maior à missão da governança”, acentua Tito. Outros fronts também estão contemplados no aparato tecnológico desenvolvido para a Accor, gestão de compliance, satisfação do cliente e manutenção.
Para o presidente do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), Orlando de Souza, sem falar nos desafios de recompor a diária média com a ocupação em alta, hotéis saudáveis e investidores confiantes são fatores que transitam pela busca de tecnologia na operação. A pandemia vincou no hóspede um novo comportamento pelo qual passa o trabalho da governança. Sobre a resistência em aderir à tecnologia “o temor ao novo é natural, mas tranquilamente administrável”, reitera o dirigente.
A Equipotel termina nesta sexta-feira (16)