Eric Peyre, diretor Accor Cuba: ‘iniciamos uma nova era de hotéis Accor no país’

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Um Sofitel e um ibis em Havana em 2017 e um Pullman em Cayo Coco este ano

Na recente visita do DIÁRIO à Havana, em Cuba, o jornalista Paulo Atzingen conversou com o diretor do hotel Mercure Sevilla, o francês Eric Peyre, que também é o diretor geral da rede Accor na ilha caribenha. Formado na década de 1980 na Escola de Hotelaria de Paris, Peyre antes de chegar à Havana trabalhou em hotéis em diversos países como Síria, Emirados Árabes, Abu Dhabi, África do Sul e Venezuela.

Radicado em Cuba desde 1993, mesmo ano em que Fidel Castro liberou a economia da ilha para o turismo, Eric inicialmente tinha um contrato de três anos com a rede Accor, acabou ficando.

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“Assim que eu e minha esposa chegamos aqui nos apaixonamos pelo país, pelas pessoas e sua simpatia”, revela em entrevista. “Na época Cuba recebia em torno de 300 mil turistas por ano, hoje recebe três milhões”. Acompanhe entrevista concedida ao DT:

DIÁRIO – Faça uma retrospectiva da Accor em Cuba…

ERIC PEYRE – Desde 1995 (ou seja 18 anos), a Accor decidiu vir a Cuba para administrar hotéis. Naquela época nosso grupo se uniu à companhia de hotéis portuguesa chamada Amorim. A Accor entrou com seu know how hoteleiro e a Amorim investiu.

Começamos com três hotéis, e chegamos a administrar aqui em Cuba sete empreendimentos, não apenas em Havana, mas também em Santiago de Cuba, Cienfuegos e Varadero. Por várias razões, reduzimos os sete hotéis a três.

Nesta nova fase a Accor traz para Cuba um novo hotel da marca Pulman em Cayo Coco, que será inaugurado este ano de 2015. Trata-se de um hotel com 560 quartos e suítes, com SPA, vila  privada, etc. Será um hotel muito bonito. Essa nova era da Accor em Cuba é em prol do desenvolvimento dos hotéis que vamos administrar e obedecerá o padrão mundial da rede.

Em 2017 abriremos um novo hotel, o Sofitel em Havana. Esperamos muito tempo para essa realização, com muita paciência e perseverança. Será o número um de Malecon e Prado, na melhor zona de Havana.

Entrevista com o diretor no hotel, em Havana
A paradisíaca Cayo Coco é o novo endereço Pullman em Cuba. Previsão de abertura para o primeiro semestre de 2015

DIÁRIO – Com inicio do diálogo do fim do embargo, o que pode mudar nas negociações da Accor com Cuba?

ERIC PEYRE – Este não é o fim do embargo, é o início de uma relação diplomática entre os dois países. A primeiro ação será estabelecer uma embaixada em cada país e uma vez que os dois países tenham embaixadas, será iniciado um trabalho social, econômico, político e comercial. Será decidido o que Cuba venderá aos Estados Unidos e vice-versa, de maneira que se aplique a política de Cuba e o modelo social, que é muito conhecido, será muito melhorado. Haverá intercâmbio comercial com os Estados Unidos, como já havia com a Europa e América Latina, principalmente o Brasil e Venezuela, será uma nova reorganização, mas será um enlace comercial com os Estados Unidos e outros países que não negociavam com Cuba. Mas isso não acontecerá rapidamente, levará um tempo até que seja estabelecida a relação entre os países. Serão criadas novas leis no congresso para definir as empresas que poderão operar nos dois países e, também, para definir a circulação dos cidadãos em ambos.

Isso não interfere no trabalho da Accor em Cuba. Nós estamos aqui desde 1995 e acreditamos em Cuba como destino turístico enorme. Então, nosso trabalho não tem nada a ver com uma decisão estratégica econômica comercial. As empresas estrangeiras que operam em Cuba acreditam no seu potencial, os contratos são bem articulados, controlados e todos se respeitam.

DIÁRIO – Como funciona os contratos das empresas com o governo?

ERIC PEYRE – A Accor administra três hotéis, e temos contrato de administração como em qualquer outro lugar do mundo. Temos um honorário que nos pagam em função da comercialização que trazemos, a capacitação que oferecemos. Aqui em Cuba é como em todos os outros países, aqui não tem diferença. No entanto, os edifícios são do governo, só administramos.

DIÁRIO – A presença de bandeiras econômicas da rede Accor tem crescido na América Latina. Quando chega um ibis em Cuba?

ERIC PEYRE – Este é um projeto que temos há vários anos e, especialmente em 2014, já se concretizou e foi feito um acordo entre o Ministério do Turismo e a Accor em desenvolver a marca ibis em Cuba.. Estamos com o primeiro projeto em Havana, que será um hotel existente que iremos renovar para levar a marca ibis Styles. Ele será o primeiro ibis de Cuba e funcionará como carro chefe para a construção de mais unidades já que é uma marca muito boa e permite a qualquer pessoa, rica ou menos rica ficar hospedada.

 

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