No último dia 25 de julho, o governo dos Estados Unidos anunciou uma mudança radical nas regras de renovação de visto para não não imigrantes: a partir de 2 de setembro de 2025, a maioria dos solicitantes – inclusive menores de 14 anos e idosos acima de 79 – passará a ser obrigatoriamente entrevistada pessoalmente em consulados ou embaixadas.
DA REDAÇÃO com agências internacionais
Segundo o comunicado oficial do Departamento de Estado, publicado no site Travel.State.Gov, a isenção de entrevista fica agora restrita a apenas três situações: solicitantes de vistos diplomáticos ou oficiais (como A‑1, G‑1, NATO, entre outros); quem está renovando um visto B‑1/B‑2 ou Border Crossing Card/Foil (para mexicanos) dentro de 12 meses após o vencimento, com emissão anterior feita quando tinha ao menos 18 anos; e ainda, sem histórico de recusa ou inelegibilidade. Além disso, o Departamento ressalta que, mesmo cumprindo os critérios, o oficial consular pode insistir na entrevista presencial a seu critério.
O endurecimento da política substitui regras mais flexíveis vigentes desde fevereiro de 2025 e, segundo especialistas, deve resultar em longas filas, maior espera por agendamento e impactos significativos para estudantes, trabalhadores temporários e visitantes renovando seus vistos.
Novos obstáculos
Nos últimos meses, viajantes enfrentam novos obstáculos na entrada nos EUA — além da exigência obrigatória de entrevista, aumentaram a fiscalização e triagem, sobretudo em fronteiras. Há relatos de detenções em função de postagens em redes sociais consideradas controversas, exigência de desbloquear dispositivos eletrônicos e inspeções detalhadas por agentes de imigração.
Uma australiana, por exemplo, foi negada entrada após ser enquadrada em violação do programa de isenção de visto e, desde então, enfrenta dificuldades não só nos EUA, mas em outros países também. E ainda: do dia 20 de agosto de 2025, cidadãos de alguns países — África e Ásia — poderão ter de depositar até US$ 15 000 para conseguir vistos B‑1/B‑2, como parte de um programa-piloto de “bond” que impõe garantia financeira a viajantes considerados de alto risco.