(Reuters) –
O trabalho dos Estados Unidos em um novo plano para a paz no Oriente Médio está “bem avançado”, disse o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, nesta quarta-feira, mas sem dar detalhes sobre a iniciativa, surgida em um momento de profundo ceticismo dos palestinos em relação às intenções dos EUA.
Tillerson, que falou durante uma viagem à Jordânia para assinar um pacote de ajuda de 6,4 bilhões de dólares de cinco anos que prorroga o apoio dos EUA a um aliado árabe crucial, disse que o presidente Donald Trump decidirá quando anunciar o plano de paz.
Washington enfureceu até seus aliados árabes, em dezembro, quando Trump reconheceu Jerusalém como a capital de Israel e iniciou a transferência da embaixada norte-americana de Tel Aviv. O presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse que não cooperará com os esforços de mediação dos EUA.
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“Vi o plano (de paz do governo)… ele está em desenvolvimento há vários meses. Tratei com eles sobre o plano, identifiquei áreas que sentimos que exigem mais trabalho. Diria que está bastante bem avançado”, disse Tillerson.
Até agora surgiram poucos detalhes da proposta. Também em dezembro, autoridades disseram à Reuters que o projeto abordará todas as grandes questões, incluindo Jerusalém, as fronteiras, a segurança, o futuro dos assentamentos judeus em terras ocupadas e o destino dos refugiados palestinos, e também exortará a Arábia Saudita e outros países do Golfo Pérsico a fornecerem um apoio financeiro significativo aos palestinos.
Os palestinos estão cada vez mais receosos de que qualquer plano de Trump os prejudique, um temor exacerbado por seu pronunciamento sobre Jerusalém, que reverteu décadas de uma política norte-americana segundo a qual o status da cidade antiga, que abriga locais sagrados para muçulmanos, judeus e cristãos, deve ser decidido em negociações.