Executivas de Fernando de Noronha falam ao DIÁRIO sobre sustentabilidade no paraíso

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A Associação das Pousadas de Fernando de Noronha (APFN) marcou presença na WTM Latin America, que aconteceu de 15 a 17 de abril, no Expo Center Norte, em São Paulo.

por Paulo Atzingen (TEXTO E FOTOS)*


As executivas Lúcia Smith Costa, Silvana Rondelli e Fabiana de Sanctis, mais que representarem a associação, são hoteleiras por natureza e em conversa com o DIÁRIO, demonstraram total entendimento da relação existente entre hospedagem e consciência ambiental.

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No estande de Pernambuco, as executivas em conversa com o editor do DT, jornalista Paulo Atzingen, estavam alinhadas quando o assunto girou em torno de ESG – Environmental, Social and Governance.

“Quando a ESG tomou corpo no Brasil a gente já utilizava no dia a dia. Noronha é plástico zero há muito tempo e ninguém pode entrar lá com sacola plástica. Temos trocado aquelas embalagens de shampoo e condicionador por embalagens mais sustentáveis. Usamos produtos de limpeza mais amigas da natureza”, afirmou Fabiana de Sanctis, vice-presidente da associação e sócia da Dolphin Pousada.

Relação com os órgãos

No que se refere ao relacionamento com órgãos oficiais de meio ambiente (Secretaria de Meio Ambiente do governo de Pernambuco e ICMbio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), a associação mantém uma fina sintonia, pois segundo Silvana Rondeli, diretora financeira da APFN, a natureza é o carro chefe do arquipélago, é o próprio base da razão de ser das pousadas:

“Os órgãos ditam as regras, mas independente disso, cada estabelecimento tem a sua consciência para preservar o ambiente, a natureza, porque é o nosso carro chefe e nosso patamar de venda. E reforçando o que a Fabiana falou, quando toda a onda de conscientização ambiental chegou ao Brasil, já fazíamos a nossa tarefa de casa, independente de governos e órgãos, já que a causa principal para a gente – como hoteleiras e hoteleiros é a própria natureza”, reforçou Silvana, que também é empreendedora e sócia proprietária da Pousada Beco de Noronha.

“A maioria das nossas pousadas – 30 ao total – possui energia fotovoltaica, o que alimenta de forma alternativa o uso de chuveiros, eletrodomésticos, luz em ambientes etc. Temos carros elétricos também. No que se refere à letra G (Governance) – da ESG , todos os nossos colaboradores moram em alojamentos que a gente provê, possuem alimentação, benefícios como passagem aérea etc. Somos exatamente um destino que pratica o G, o que para nós é o normal. O grande diferencial da ilha é essa consciência”, afirmou Lúcia Smith, presidente da associação e sócia da Atobá Pousada.

Fernando de Noronha
Mulheres de Noronha: Lúcia Smith Costa (presidente da Associação de Pousadas de Fernando de Noronha), Silvana Rondelli (Pousada Beco de Noronha), Fabiana de Sanctis (Dolphin Pousada) e Manuela Fay (Comunicação de Noronha) – Crédito: Paulo Atzingen

Desmistificando as Taxas

A associação de Pousadas tem promovido desde janeiro deste ano encontros com operadores e agentes de viagem para não só vender o destino, mas esclarecer sobre algumas dúvidas a respeito do ingresso ao arquipélago. Uma dúvida que sempre é levantada se refere à Taxa de Preservação Ambiental (TPA).

Segundo Lúcia, a TPA é uma lei estadual e é cobrada a todas as pessoas, não residentes, que estejam em visita, de caráter turístico, e é calculada a partir do número de dias que o turista fica na ilha.

“Os valores começam em R$ 97,16 por dia e diminuem gradualmente. Por exemplo, 10 dias saem por R$ 827,79, ou seja, pouco mais de R$ 82,77 por dia”, explica Lúcia.

Fabiana acrescenta que nos workshops e encontros com profissionais do turismo é preciso explicar como vender Fernando de Noronha. “A gente encontra em algumas agências e operadoras certa dificuldade porque confundem a TPA com o ingresso ao Parque Nacional de Noronha. Uma coisa é a taxa (TPA) outra é o ingresso no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha. Se você vai ao Rio de Janeiro, você só paga a taxa se decidir ir ao Cristo Redentor, pois é a taxa do Parque da Tijuca. Se você vai a foz do Iguaçu, só paga a taxa das Cataratas se for ao parque das Cataratas”, explica a hoteleira.

Ela acrescenta que algumas praias como a do Sancho, a baía do Sueste ou a praia do Leão, por ficarem dentro do Parque Nacional, é necessário pagar a devida taxa.

“Essa taxa de acesso ao parque garante hoje uma estrutura excelente. Pessoas com acessibilidade reduzida podem visitar, pois todos esses pontos dentro do parque possuem deck de madeira sustentável, cadeira anfíbia, equipamentos que tornam a visita mais agradável e segura”, enumera Fabiana.

Feiras

Após a WTM Latin América, até o fim do ano, a APFN tem participação confirmada em pelo menos mais seis eventos: Festival das Cataratas, ABAV Expo, Festuris, BTM – Brazil Travel Market, Travel Next e na Expo Turismo Goiás.

Fernando de Noronha
Dois Irmãos, em Fernando de Noronha (Crédito: DIÁRIO DO TURISMO)

Serviço:

A APFN possui um site onde é possível efetuar reservas e conferir os detalhes sobre os empreendimentos associados: www.vaparanoronha.com.br. A associação também está no Instagram por meio do perfil @vaparanoronha.

R$ 96 taxa de preservação por dia*

R$ 358 – Ingresso no Parque – brasileiros tem desconto de 50%

*Paulo Atzingen é jornalista e fundador do DIÁRIO DO TURISMO

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