Encontro na tarde de quarta-feira, 15, trouxe capacitações com discussões para melhorar experiência turística para o público LGBT+ e demais grupos minorizados
Por Bruno Almeida, colaborador do DT
O Expo Fórum Visite São Paulo trouxe discussões importantes nesta quarta-feira, 15, para melhorar a diversidade e a acessibilidade no turismo promovido na cidade de São Paulo. Durante a tarde, um dos destaques foi a capacitação Sensibilizando para a Diversidade – O Turismo LGBTI+ na cidade de São Paulo, no auditório do Novotel São Paulo Jaraguá Conventions.
Veja também as mais lidas do DT
Na apresentação, o presidente da Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil, Ricardo Gomes, reforçou a importância do setor como um todo compreender conceitos básicos relacionados à comunidade LGBTQIAPN+.
“A comunidade LGBT, na sua maioria, é o nicho de pessoas que mais valoriza o valor do produto e do serviço agregado (…) Turismo LGBT vai além das coisas exclusivas da comunidade. O público LGBT consome todas as coisas: moda, cinema, teatro, museus, gastronomia, festivais, esporte”, lembrou Ricardo ao detalhar como este público é responsável por impactos econômicos bastante positivos no setor.
Poucas empresas preparadas
Para guiar estratégias de acolhimento à comunidade, Ricardo trouxe pesquisas que revelam como pessoas LGBTQIAPN+ priorizam segurança e bem-estar ao escolher um destino. “Temos um número muito pequeno de empresas preparadas. As dicas não devem ser só ‘qual sauna ir’, ‘qual festival lésbico frequentar’. A pessoa vai perguntar se é seguro visitar determinado lugar”, completou Ricardo.
Ele lembrou que a capital paulista já tem equipamentos e eventos referência para a comunidade no mundo todo: desde o Centro Cultural da Diversidade, o Museu da Diversidade Sexual, os mais de cem blocos de carnaval de rua, casas noturnas e praças e ruas como points de encontro, e eventos como a Parada do Orgulho LGBT, que ocorre em junho, Mês do Orgulho da comunidade.
Questionado sobre como está a percepção das notícias de violência contra a comunidade LGBTQIAPN+ em São Paulo, Ricardo lembrou que, ainda que indicadores venham melhorando, ainda há muito para melhorar na garantia da segurança desta população.
