Com pegada sustentável, Festival começou dia 9 e vai até o dia 25 de julho
EDIÇÃO DO DIÁRIO com agências
De chefs estrelados a botecos descolados, 77 casas do Rio de Janeiro, Niterói e Nova Iguaçu participam, de 9 a 25 de julho, do Festival Gosto da Amazônia RJ. O público pode experimentar as mais diversas receitas preparadas com o pirarucu selvagem de manejo, o maior peixe de escamas de água doce do mundo. A ideia é divulgar e incentivar o consumo do pirarucu, cada vez mais valorizado na gastronomia, além de gerar renda para as comunidades ribeirinhas e indígenas que contribuem para a conservação de mais de 11 milhões de hectares da Amazônia.
Itinerância
O evento, que em 2019 foi realizado no CADEG e no Shopping Uptown, estreou em São Paulo no ano passado e seguirá para Brasília em setembro, após nova passagem pelo Rio de Janeiro, desta vez com presença também em Niterói e Nova Iguaçu. O Festival conta com casas tradicionais, estabelecimentos recém-abertos, bares da Zona Sul, restaurantes da Zona Norte, e muitos participantes das edições anteriores, com petiscos e pratos para todos os gostos e preferências. “O exótico se torna próximo, o festival traz uma coisa que você leva para o imaginário. Boa parte dos chefs que receberam o peixe não conhecia e esse despertar da curiosidade surpreendeu muito positivamente no primeiro festival, em 2019, mudando o patamar do Uptown, por exemplo”, conta Marcelo Barcellos, do Barsa.
O evento mostra a convergência dos diversos estilos da gastronomia do Rio em torno de uma causa sustentável, além de ser uma importante iniciativa de apoio à retomada do setor. O manejo do pirarucu é baseado na vigilância da região, com o objetivo de se evitar a pesca predatória e a derrubada da floresta. A marca coletiva Gosto da Amazônia também defende e pratica o comércio justo, pagando em média aos manejadores cerca de 60% a mais pelo peixe do que os frigoríficos da região, e sendo distribuída para fora de Manaus diretamente através dos produtores, representados pela ASPROC (Associação de Produtores de Carauari).
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O manejo na Amazônia – Prática de uso sustentável e gestão participativa do recurso pesqueiro, o manejo comunitário garante a sobrevivência da espécie, soberania alimentar e renda às comunidades envolvidas no processo, configurando-se como um extraordinário caso de conservação da biodiversidade. Graças à atividade, o pirarucu voltou a habitar grande parte das várzeas amazônicas e sua quantidade nas regiões de manejo aumentou em 400% nos últimos dez anos. Com o esforço realizado para a implementação da atividade, que envolve as etapas de contagem e a vigilância dos lagos, entre outras, observa-se que os estoques de outras espécies também aumentaram, como tambaqui, jacaré-açu, tartaruga, tracajá e peixe-boi.
O Gosto da Amazônia é fruto da cooperação internacional entre o governo do Brasil e dos EUA, executada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) e Serviço Florestal dos EUA (USFS), com recursos da Agência para Desenvolvimento Internacional dos EUA (USAID) e participação da Operação Amazônia Nativa (OPAN), Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM), Memorial Chico Mendes (MCM), Associação dos Produtores Rurais de Carauari (ASPROC) e Associação dos Comunitários que trabalham com Desenvolvimento Sustentável no Município de Jutaí (ACJ) e o Instituto Maniva. O Festival conta também com o apoio do Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro (SINDRIO).
SERVIÇO:
Festival Gosto da Amazônia RJ (Rio, Niterói e Nova Iguaçu)
Quando: 9 a 25 de julho de 2021
Mais informações: https://gostodaamazonia.com.br/festival/
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