segunda-feira, dezembro 15, 2025
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Fhoresp estima perdas de até R$ 100 milhões após apagão na Grande São Paulo

A falta de energia elétrica provocada pelo vendaval que atingiu São Paulo na quarta-feira (10) gerou impactos severos para os setores de alimentação fora do lar e hospedagem. Segundo estimativa da Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp), os prejuízos podem alcançar R$ 100 milhões.

REDAÇÃO DO DIÁRIO – com assessorias 

De acordo com a entidade, cerca de 5 mil estabelecimentos foram afetados na capital paulista, em cidades do ABC, Osasco, Itapecerica da Serra e em parte do interior. Entre as perdas estão alimentos descartados, equipamentos danificados e a evasão de clientes em um dos períodos mais movimentados do ano.

A demora no restabelecimento da energia voltou a colocar em evidência problemas recorrentes na atuação da Enel, concessionária responsável pela distribuição elétrica na capital e em outras 24 cidades da região metropolitana. Na sexta-feira (12), boletim da própria empresa indicava que aproximadamente 835 mil imóveis ainda permaneciam sem luz na Grande São Paulo, após o apagão que chegou a atingir mais de 2 milhões de endereços.

Para o diretor-executivo da Fhoresp, Edson Pinto, a situação expõe falhas estruturais no atendimento a emergências. A federação representa cerca de 500 mil estabelecimentos e mais de 20 sindicatos patronais em todo o estado.

Segundo ele, o impacto é ainda mais grave por ocorrer em dezembro, período tradicionalmente aquecido por férias escolares, confraternizações de fim de ano e compras de Natal. “Não de hoje, a Enel apresenta problemas recorrentes em relação ao fornecimento de energia elétrica. Este já é o sétimo apagão em menos de dois anos”, afirma.

A Fhoresp ressalta que muitos empresários não conseguem reagir a tempo para evitar perdas. “São poucos os que têm geradores ou conseguem realocar produtos antes de perder os alimentos. É um caos. Pergunto: quem é que paga a conta?”, questiona Pinto.

O dirigente também destaca o aumento de cancelamentos de reservas, especialmente em hotéis e restaurantes. “Neste período natalino, o normal é fila de espera. Agora, o que vemos são portas fechadas e prejuízo acumulado”, diz.

Com o reforço de estoques e contratações temporárias já realizados para atender à alta demanda de dezembro, muitos estabelecimentos enfrentam risco iminente de perdas financeiras. “Estamos às vésperas de um fim de semana que deveria ser altamente lucrativo. Para milhares de empresários, porém, será um período de tristeza, quase um luto”, completa.

Caminho judicial

Diante do cenário, a Fhoresp orienta que os empresários afetados busquem a via judicial. A recomendação é reunir o máximo de provas dos prejuízos sofridos, como perdas de mercadorias, equipamentos danificados por oscilações de energia e dias sem funcionamento, para ingressar com ações de ressarcimento contra a concessionária.

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