O Sul da Flórida tem se mostrado um bom lugar para se morar e trabalhar. Especialista em projetos imobiliários explica a diferença entre adquirir um imóvel e uma cota em um projeto de incorporação
A população cresceu em mais de 300 mil habitantes nos últimos cinco anos, com 75% desses vindos de outros estados e países.
Estima-se que a região, uma das mais ricas do país, possui um PIB de US$ 1 trilhão. Também é o lar de algumas das maiores empresas dos Estados Unidos, como a Walt Disney World, a Universal Studios e a SeaWorld.
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A Câmara de Comércio da Flórida aponta que os resultados reforçam o expressivo crescimento econômico da região. Números atuais mostram que os novos residentes (vindo de outros estados americanos ou do exterior) agregam, por hora, ao Estado, US$ 879 mil.
O estado se destaca ainda na agricultura, e é o terceiro maior produtor de laranjas do país e o quarto maior produtor de tomate. Além disso, tem um clima tropical, com temperaturas médias anuais que variam entre 21ºC e 26ºC.
Além das condições de investimento ideais, muitos brasileiros procuram o lugar pela qualidade de escolas para os filhos. As escolas têm obtido notas relevantes em termos nacionais, tendo atualmente 82,3 % no seu colegial (High School) e segue crescendo. A renda per capita segue crescendo, sendo atualmente, de US$ 46.858,00. Cerca de 65,5% da população tem casa própria.
Com base nesses dados, Gabriel Souza, um dos sócios do IBC – International Business Consulting, consultoria especializada em negócios imobiliários nos Estados Unidos, afirma que há uma tendência de construção de edifícios de apartamentos para locação em Miami para uma faixa de renda equivalente à classe média baixa brasileira.
Segundo Souza, existem diferenças entre a compra tradicional de imóvel, seja ela para alugar por temporada ou por um período anual para moradia, e o chamado modelo passivo, em que o investidor adquire uma cota de um projeto de incorporação, em que ele não tem as responsabilidades de manutenção, administração e ainda conta com uma participação mensal ou trimestral, dependendo da distribuição de rendimentos que o projeto oferece.
“Um imóvel é um excelente veículo para se guardar dinheiro e manter o valor. Entretanto, isso é pura especulação, pois a aquisição de um imóvel, via de regra, não é um investimento porque o objetivo inicial é comprar para uso próprio, como segunda residência ou imóvel de veraneio”, analisa Souza.
Gabriel ainda informa que uma cota de imóvel para locação parte do valor inicial de US$ 250 mil a US$ 300 mil, sendo que metade pode ser financiada. Como exemplo, ele cita um empreendimento que será administrado pela IBC, o Napoli Towers, dois edifícios de seis andares, com 152 apartamentos divididos em duas torres distintas.
Migração corporativa
Para Gabriel Souza, tem ocorrido uma grande migração para a Flórida também de empresas. “Miami já é conhecida como uma segunda Wall Street por conta dos mais de 140 bancos internacionais que se instalaram ou mudaram para a cidade”, relata. Ele ainda afirma que a indústria do Vale do Silício também está de mudança para o estado devido ao fato da Flórida não ter imposto estadual.
Na opinião do empresário, embora Miami seja a “queridinha” momento, há outras cidades do sul da Flórida que também são boas oportunidades de investimento, como Homestead, Palm Beach, Broward, Weston, Boca Raton, Sarasota, Palm Coast, enfim, várias opções que dependem mais de qual o objetivo do investidor do que a localidade em si.
EDIÇÃO DO DIÁRIO com agências