A expectativa de fechamento do ano de 2017, segundo o diagnóstico, é de aumento na taxa de ocupação em 12 dos 17 municípios analisados
REDAÇÃO DO DIÁRIO
O Fórum de Hoteleiros de Operadores do Brasil (FOHB) apresentou nesta quarta-feira (8) suas pespectivas de desempenho da hotelaria apresentando dados de 2016, do primeiro semestre de 2017 e prognósticos para o ano que vem, 2018 e também 2019.
De acordo com o estudo, o resultado consolidado no Brasil no ano de 2016 indica uma ocupação acumulada de 56,5%, uma diária média de R$252 e RevPAR de R$142,42. Os dados globais apontam que os valores de ocupação e RevPAR são inferiores aos computados no acumulado de 2015, em contrapartida a diária média apresentou leve aumento de 0,6%, mas não acompanhou o aumento da inflação de 8,7% no período.
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“Na análise dos resultados de 2016, o mercado hoteleiro apresenta desempenhos abaixo do previsto, com queda nos indicadores de ocupação e RevPAR e uma diária média praticamente estável”, afirma Patrick Mendes, vice-presidente de estudos e tendências do FOHB.
2017
De acordo com o Boletim Focus (Banco Central) de 06/10/2017, a previsão é de que o PIB tenha um crescimento de +0,70% em 2017. Para 2018, a estimativa de variação é de 2,43%, número 3,86% superior ao estimado em janeiro deste ano. O aumento nas projeções do PIB é decorrente do aumento do consumo das famílias no segundo trimestre de 2017. Diante deste cenário, o Banco Central elevou a estimativa de avanço da economia de 0,5% para 0,7% e, em 2018, a aposta de crescimento é maior ainda, de 2,2%.
A expectativa de fechamento do ano de 2017, segundo o diagnóstico, é de aumento na taxa de ocupação em 12 dos 17 municípios analisados, sendo que o maior crescimento esperado foi registrado para o município de Belo Horizonte (+12%). Em contrapartida, quatro deles esperam queda no indicador, com Rio de Janeiro portando a queda mais significativa (-9%). Para a diária média, o cenário esperado em relação a 2016 é de queda na maioria dos municípios. As estimativas para 15 dos 17 municípios oscilam entre -1,3% (São Paulo e Curitiba) e -28,2% (Rio de Janeiro). A cidade do Rio de Janeiro ainda carrega os reflexos da superoferta de empreendimentos por conta da realização dos Jogos Olímpicos. As projeções de aumento são para os municípios de Belém (+1,5%) e Natal (+0,2%).
2018
No estudo e interpretação dos números para o ano que vem (2018), a expectativa é de recuperação em relação ao mesmo período do ano anterior, todos os municípios estudados avaliam aumento para a taxa de ocupação, variando entre +1,3% em Belém e +7,9% em Campinas. A diária média apresenta expectativa de recuperação em 16 dos municípios, de modo que somente Jundiai aponta estabilidade (0%). A localidade com projeção de maior aumento é Natal, com +4,4% superior ao primeiro semestre de 2017.
Já em relação ao RevPAR, as estimativas refletem a taxa de ocupação e a diária média, de forma que o cenário se expressa otimista para todos os municípios. Destaques para Campinas (+10,5%) e Natal (+7,3%).
“Para o ano de 2018, a perspectiva é de retomada no cenário em relação a 2017, com projeções de crescimento na taxa de ocupação, diária média e RevPAR em todos os municípios analisados no estudo. As projeções são reforçadas pela estimativa do Banco Central de crescimento de 2,43% no PIB para o ano de 2018”, afirma Patrick Mendes.
2019
O estudo faz prognósticos também para o ano de 2019: “As expectativas das redes respondentes para o ano de 2019 são positivas. Para a taxa de ocupação, 18 das 22 redes participantes apontam desempenho superior ao ano de 2018, enquanto que 4 apostam no equilíbrio. Para a diária média, a estimativa é mais otimista e 20 indicam aumento, da mesma forma em relação ao RevPAR, para o qual 20 respondentes também apontam aumento.”