O Rio de Janeiro é palco, nesta segunda-feira e terça-feira (dias 18 e 19), da cúpula do G20, reunindo líderes das 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana. O encontro aborda temas cruciais como conflitos armados, inteligência artificial e mudanças climáticas, culminando na assinatura da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.
REDAÇÃO DO DIÁRIO com agências de notícias
No primeiro dia, a declaração final do G20 condenou os conflitos em andamento na Ucrânia e no Oriente Médio, enfatizando a necessidade de cessar-fogo e aumento da ajuda humanitária. O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, anfitrião do evento, destacou: “O G20 tem que acontecer todo santo dia, porque tem 733 milhões de habitantes passando fome”
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O presidente francês, Emmanuel Macron, reforçou o compromisso com a paz e a estabilidade global, afirmando que “a comunidade internacional deve unir esforços para enfrentar os desafios contemporâneos”.
A cúpula também abordou a regulamentação da inteligência artificial, reconhecendo seu potencial transformador e a necessidade de diretrizes éticas para seu desenvolvimento. Além disso, os líderes reafirmaram o compromisso com a agenda climática, destacando a importância de ações coordenadas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.
Um dos marcos do encontro foi o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, iniciativa liderada pelo Brasil que visa erradicar a fome mundial até 2030. A aliança já conta com a adesão de 41 países e o interesse de outros 50
O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, ressaltou que a proposta busca reunir países que sofrem com a desigualdade a nações e instituições com recursos disponíveis para implementar projetos eficazes no combate à fome e à pobreza.
A cúpula do G20 no Rio de Janeiro representou um esforço significativo para enfrentar desafios globais, promovendo a cooperação internacional e a busca por soluções conjuntas para questões prementes da atualidade.
Javier Milei
A participação do presidente argentino, Javier Milei, na cúpula do G20 no Rio de Janeiro foi marcada por posições divergentes em relação a temas centrais do encontro. Milei manifestou oposição à inclusão de propostas sobre igualdade de gênero e à taxação de grandes fortunas na declaração final do evento. Segundo relatos, a delegação argentina recebeu instruções expressas para rejeitar menções a esses tópicos, alinhando-se a uma postura mais conservadora e liberal.
Além disso, o governo argentino demonstrou resistência a compromissos relacionados à Agenda 2030 da ONU, que visa promover o desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza. Essa postura gerou tensões nas negociações, uma vez que o Brasil, anfitrião do evento, defendia a inclusão desses temas na declaração final.
A participação de Milei no G20 também foi influenciada por sua recente aproximação com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Após um encontro em Mar-a-Lago, na Flórida, Milei adotou posições alinhadas às políticas de Trump, o que impactou as discussões no G20, especialmente em relação à taxação dos super-ricos e às políticas de igualdade de gênero.
Essa postura argentina contrastou com a de outros países membros do G20, que buscaram consenso em torno de medidas para combater a desigualdade e promover a inclusão social. A resistência de Milei às propostas sobre igualdade de gênero e taxação de grandes fortunas evidenciou as divergências internas no grupo e representou um desafio adicional para a diplomacia brasileira na condução das negociações.
Em resumo, a participação do presidente Javier Milei no G20 foi marcada por uma postura contrária a temas como igualdade de gênero e taxação dos super-ricos, influenciada por sua aliança com Donald Trump, o que gerou tensões nas negociações e contrastou com as posições de outros membros do grupo. REDAÇÃO DO DIÁRIO com agências)