O bucólico bairro de Santa Teresa tem suas joias do segmento de luxo ainda não tão conhecidas. Uma delas é uma antiga fazenda do café transformada em hotel pela rede Accor. Refiro-me ao Hotel Santa Teresa MGallery onde me hospedei, à convite do diretor do segmento de luxo da Accor, Netto Moreira.
Por Bayard Boiteux*
Estive no hotel há 2 anos e devo confessar que, agora, encontrei várias mudanças que me surpreenderam. Atribuo tal fato a nova gerente geral do estabelecimento, a francesa Sophie Barbara, que é inclusive casada com um brasileiro. Ela vem de Marseille, no sul da França mas não guarda o sotaque característico da região. É uma gestora reconhecida que busca novos desafios com um trabalho em equipe.
No check-in, somos recebidos pelo Vitor, que me saúda gentilmente e em poucos minutos nos leva para um tour pelo hotel. Sinto mudança no atendimento e vejo que importantes investimentos foram feitos na área externa: a recuperação da piscina e de seu bar foram fundamentais.
Nosso quarto é o 31 e somos recebidos com uma cesta de frutas brasileiras, entre outros mimos, além de um gentil cartão de Sophie nos desejando uma ótima estadia. O quarto não é grande, a televisão poderia ser maior mas todos os detalhes de atenção especial ao hóspede estão presentes. Há várias peças de artesanato genuinamente brasileiro distribuídos no quarto e em todo o hotel. A substituição das amenities por produtos l ‘Occitane é um plus, além da cafeteira Nespresso e das águas minerais gratuitas. O banheiro é dividido em 2: um chuveiro de um lado e um WC do outro, com uma pia no meio. É pequeno também mas atende minhas necessidades. Na última vez, fiquei num quarto com banheira, que ainda está disponível. Há uma carta impressa da gerente geral para os hóspedes com as informações gerais.
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Reservamos uma mesa para às 20 horas no badalado Terese, o restaurante do hotel, que está no guia Michelin e tem nova chef: Luanna Malheiros. As mesas estão ocupadas por casais e que falam muito baixo, tornando o ambiente mais agradável. Sophie vem nos saudar e conversamos um pouco. Diz que está bem carioca mas que guarda com muito respeito os sabores da culinária francesa que estão presentes em sua memória afetiva. O serviço é rápido, com ótima interação e a experiência gastronômica nos faz ir embora com a certeza de que as estrelas Michelin vão chegar em breve.
Confira algumas imagens:
Aproveito para visitar o bar dos descasados, onde vai acontecer a feijoada dos Embaixadores do Rio, em janeiro 202. Há um show e os frequentadores bebem com alegria e vibrações positivas, como deve ter acontecido nos shows da querida Hanna.
Ao chegar no quarto, a cama está feita com chocolates, máscaras para dormir com uma pequena loção que ajuda a relaxar e adormecer…
Que carinho e surpresa !
Acordo muito cedo e ouço o cantar dos pássaros. Estou pronto para outra, como dizem os cariocas depois de tantas gentilezas. Volto para o Terese para o café da manhã. É mais glamour com ovos com creme de abacate, bolo de Brown , espumante, pães com brie e goiabada com queijo. Uma segunda viagem pelos sabores da sofisticação .
É hora de ir embora e o Uber me espera.
Espero voltar em breve, quem sabe para uma exposição de minhas fotos em 2024 …Visitei a exposição da artista Susie Cantarino no lobby que será substituída na semana que vem por uma de Marzio Fiori e vi o interesse de Sophie por artistas brasileiros …
*Bayard Boiteux é professor e escritor
