A Covid-19 ceifou sonhos, esperanças e projetos, mas não a vontade de trabalhar e empreender. O sofrimento e as perdas geraram amadurecimento, os desafios criaram a necessidade de reinventar as empresas e inseri-las em um novo cenário. É essa linha de pensamento do diretor comercial da Global Travel Assistance, Gelson Popazoglo ao conceder uma entrevista ao DIÁRIO.
REDAÇÃO DO DIÁRIO
A entrevista concedida na terça-feira desta semana (dia 2), teve como pano de fundo a boa notícia que vinha dos Estados Unidos: o Escritório de Orçamento do Congresso Americano melhorava suas estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano e afirmava que o país de Joe Biden deverá recuperar o nível pré-pandemia de covid-19 no meio deste ano, graças à perspectiva de aceleração da vacinação. Essa foi a boa notícia de terça-feira. Se o mercado americano melhora, os mercados emergentes seguem o caminho, embora não se saiba em que ritmo.
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“As expectativas para o ano de 2021 são de um crescimento lento à medida que as pessoas em todo o mundo vão se imunizando contra a covid-19 e garantindo essa imunidade para a população”, acrescenta Gelson ao DT. “Com isso, as fronteiras serão abertas e nossos turistas poderão voltar a ter o direito pleno de ir e vir, que é essencial para a indústria dos sonhos”, relata.
Muito realista com o novo cenário, Popazoglo acredita que no ano de 2021 as vendas totais de assistência ao viajante e seguro para viagens girarão em torno de 40% tendo como base os números de 2019.
Projeção de imagem mais positiva
Popazoglo acredita que o início da vacinação no Brasil terá um efeito positivo, em cadeia: “Para mim, o início da vacinação gera um pensamento positivo na população, o que é bom para a nossa indústria. E quanto mais brasileiros forem vacinados, melhor para o pais e para nossa credibilidade no exterior. Minha expectativa é que, nos próximos três meses, o Brasil consiga projetar uma imagem mais positiva, motivando as outras nações a abrirem suas fronteiras para nós”, enumerou.
“Entendo que as viagens regionais, que estão em ascensão, ajudarão no crescimento do setor, o uso da tecnologia para facilitar o atendimento, a comercialização dos produtos e, o mais importante, a implementação de protocolos sanitários que são essenciais para garantirmos a confiança dos turistas”, completa.
Gelson finaliza reforçando que o grande desafio para este ano é que todos da cadeia do turismo reforcem seus protocolos sanitários para que os turistas se sintam confiantes em viajar. “Sabemos que a confiança é o que faz alguém sair do Brasil e viajar para o outro lado do mundo, precisamos ter esse foco”, salienta.
Questionado qual o nome que ele daria aos empresários do turismo que a despeito da crise, da pandemia e da recessão no setor, ainda assim sairão vivos e mais fortes, Gelson responde:
“Eu daria o seguinte nome: Resilientes!”
Muito bem colocado o atual cenário pelo Gelson, não se omitiu perante a realidade e foi muito claro em sua perspectiva para o futuro.
Parabéns……..