A GOL disse que medidas a serem tomadas para reduzir sua oferta no mercado doméstico e ajustar sua política de precificação permitem falar em uma tendência de recuperação a partir de agora no indicador que mede os preços de passagens (yield), que sofreu uma queda de 17% no segundo trimestre.
A menor demanda de clientes corporativos e iniciativas para atrair passageiros a lazer com preços reduzidos se refletiram, entre outros fatores, em uma redução de 10,5%o na receita líquida da GOL de abril a junho ante o mesmo período do ano passado.
O presidente-executivo da GOL, Paulo Kakinoff, disse que os próximos trimestres devem ser melhores que o segundo, após a companhia reduzir sua projeção de crescimento da oferta no Brasil em 2015 para uma faixa entre zero e queda de 1%, ante previsão anterior de crescimento zero.
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Questionado sobre o motivo de a companhia não ter previsto uma redução ainda maior diante dos números fracos de receita, Kakinoff afirmou que pouco adianta que a GOL tome a iniciativa isoladamente.
“Não faz sentido que GOL e Latam continuem reduzindo a oferta além do que já foi anunciado sem que haja o mesmo comportamento dos demais ‘players'”, afirmou, referindo-se às rivais Azul e Avianca. Segundo ele, uma redução de oferta em centros importantes de conexões também poderia provocar a migração de clientes para a concorrência, sem necessariamente aumentar o yield.
“Ainda assim estamos fazendo a redução porque há uma parcela da malha em que podemos fazer sem comprometer”, disse.
Em agosto, o número de passageiros já teve alguma retomada, mas com clientes buscando tarifas menores, mudança à qual a GOL tem buscando se adaptar com ajustes no modelo tarifário.
Mudanças na frota
Diante da perspectiva de reduzir sua oferta no segundo semestre, a GOL disse que pode promover ajustes em seu plano de frota.
A GOL teve prejuízo líquido de 354,9 milhões de reais no segundo trimestre, ampliando o resultado negativo de 145 milhões de reais obtido do mesmo período do ano passado. (Reuters)
A Gol tem tudo para ser empresa líder, mas parece ´que a gestão é que está mal focada. Se firmasse parceria com fornecedores, os seus custos seriam reduzidos e os preços das passagens atrativos: tática adotada pela Azul. Ainda que pese a crise econômica brasileira, os aeroportos não pódem se queixar dela: há muitos brasileiros viajando pelo Brasil. Às companhias aéreas cabe a iniciativa de usarem a “criatividade”: como diz o conceituado Antropólogo e “Papa na área de Administração” no Brasil – Professor Marins – em tempos de crise o consumidor não observa preço, mas a qualidade dos serviços e os diferenciais apresentados, como acontece na questão do espaço entre assentos: vale a pena pagar pouco mais na passagem para viajar sentado confortávelmente, mais ainda com pagamento parcelado. A questão também da TV, que a Azul firmou parceria com a SKY, porque a Gol não poderia firmar parceria com a Net? Os lanches também, estabelecer parceria com os fabricantes, visto que há um certo merchandising embutido quando as empresas aéreas elencam o que será servido aos passageiros. Portanto concorrência e parceria, embora termos aparentemente antagônicos, quando aplicados devidamente entre as empresas, para beneficiar a continuidade da atividade econômica e a satisfação dos clientes, serão sempre sinônimo de sucesso.