Gol vai falir? Veja o que o Valor Econômico publicou 

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Em matéria publicada na última segunda-feira (29), o jornal Valor Econômico faz uma breve análise da situação econômica da GOL, que entrou com um pedido de Recuperação Judicial este mês nos Estados Unidos.

EDIÇÃO DO DIÁRIO com Valor Econômico


Como é público, a Gol está passando por um processo de recuperação judicial nos Estados Unidos. A aérea, ao optar por não recorrer à justiça brasileira, pode ver o processo finalizado mais rápido ao correr em solo americano.

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Segundo o jornal, a recuperação judicial, por si só, não significa que a Gol esteja falindo. Pelo contrário, a aérea afirma que o objetivo do pedido é reestruturar suas obrigações financeiras de curto prazo e “fortalecer sua estrutura de capital para ter sustentabilidade no longo prazo”.

“Toda vez que se fala em recuperação judicial, o que vem na cabeça é que a empresa vai quebrar, vai falir. Muitas vezes, o que acontece é o contrário porque o que eles querem na verdade é trilhar caminhos para se recuperar e poder, a partir dessa recuperação, se desenvolver”, disse Ary Bertolino, consultor sênior da ARB Consultoria ao Valor.

O artigo não é assinado por nenhum jornalista, mas tem a chancela do Valor Econômico.

“O instrumento jurídico é usado pelas empresas para, justamente, evitar a falência. Isso porque, enquanto o processo está correndo, as cobranças são suspensas e a administração da companhia pode analisar suas dívidas e propor aos credores uma negociação para lidar com as dívidas. A falência só é decretada pela Justiça se, ao final dos prazos do processo judicial, nenhuma negociação for efetivada”.

Como a dívida surgiu?

Ainda, segundo o Valor, a origem do problema financeiro enfrentado pela Gol vem da crise que atingiu em cheio o mercado de aviação civil em todo mundo durante a pandemia da Covid-19.

A Gol encerrou o terceiro trimestre do ano passado com um endividamento de R$ 20,3 bilhões. Dados mais atualizados fornecidos à Justiça americana, contudo, informam que a companhia fechou 2023 com ativos de US$ 3,5 bilhões e US$ 8,3 bilhões em passivos. Do total, US$ 4,2 bilhões são dívidas financiadas que estão em aberto — descontando os ativos, a dívida líquida alcançaria US$ 4,8 bilhões.

O pedido pela recuperação judicial foi feito na última quinta-feira e, nesta segunda (29), a companhia aérea conseguiu a aprovação da Justiça de Nova York para acessar uma parcela de US$ 350 milhões do DIP financing, segundo fontes.

Estados Unidos

A matéria do Valor ainda informa que a decisão de entrar com recuperação judicial nos EUA é porque lá as empresas com alto grau de endividamento no mercado recorrem ao chamado Chapter 11 da Lei de Falências americana. “Em contraste à lei brasileira de recuperação judicial, a legislação americana é considerada mais madura, mais “market friendly”, do que a lei equivalente no Brasil.

Bertolino, da ARB Consultoria explicou ao Valor que, ao contrário do que parece, a recuperação judicial em território americano pode ser vantajosa e a companhia pode sair, literalmente, no lucro. Isso porque, além de negociar dívidas sob a tutela do juiz, vai proteger seu caixa de despesas que podem ter o vencimento antecipado.

 

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