“Esta ação é muito importante, e precisamos ter esse olhar apurado para a proteção do patrimônio, considerando que estas peças têm grande valor no mercado clandestino”, diz Maurício Canguçu, subsecretário de Cultura da Secult
Edição do DIÁRIO com agências
A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais e o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG) anunciaram a instalação de alarme eletrônico para proteger os 57 bens culturais protegidos ou de interesse de preservação do estado.
De acordo com o Governo de Minas Gerais, o valor do contrato é na ordem de R$ 320 mil, com vigência de 36 meses. O serviço inclui a locação de equipamentos, instalação, monitoramento remoto 24 horas e manutenção preventiva e corretiva com reposição de peças. A instalação dos alarmes em todas as edificações contempladas será feita em igrejas, capelas, museus e casarões espalhados por 26 municípios mineiros. O prazo para a execução do trabalho é de seis meses, a partir da assinatura do contrato.
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O presidente do Iepha-MG, Felipe Pires, afirma que a implantação dos sistemas de alarme irá garantir que a polícia e as comunidades locais tomem conhecimento rapidamente de qualquer tentativa de intrusão em edificações que possuem bens móveis de alto valor histórico. “Através desse instrumento, o Iepha-MG amplia seu papel na proteção e preservação do patrimônio cultural de Minas Gerais. A instalação dos alarmes em edifícios tombados ou de interesse cultural do Estado reforça a segurança contra intrusão e furto dos bens móveis e, assim, há mais tranquilidade também para as comunidades”.
O projeto é financiado com recursos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura e conta com o patrocínio da Cemig, que investirá cerca de R$1,4 milhão. “Esta ação é muito importante, e precisamos ter esse olhar apurado para a proteção do patrimônio, considerando que estas peças têm grande valor no mercado clandestino. Minas Gerais abriga 62% do patrimônio histórico do país”, diz Maurício Canguçu, subsecretário de Cultura da Secult.
Para Marcelo Maffra, promotor de Justiça e coordenador de Patrimônio Cultural do MPMG (Ministério Público do Estado de Minas Gerais), os órgãos públicos têm “uma grande responsabilidade em proteger esse patrimônio, porque mais da metade dos bens culturais mineiros se perderam ao longo dos 300 anos de história. A principal causa são crimes de furto e receptação. O MPMG, junto com o Iepha-MG, vem trabalhando para impedir que esses artigos tão significativos para a memória do estado sejam roubados”, ressalta.