Por: Paulo Piratininga*
Imagine que você tenha APENAS 12 SEGUNDOS para defender sua empresa. Pense ainda que são apenas 12 segundos para expor seu ponto de vista ao vivo para uma audiência de 70 milhões de pessoas. Começa aí o inferno para muitos dirigentes e organizações. É quando descobrem como estão mal preparados para aproveitar esse tempo curtíssimo.
Doze segundos ou 15, no máximo. Esse é o tempo de duração média de uma SONORA, a frase ou argumento editado e veiculado no noticiário dos telejornais. Sair-se bem não é uma questão de talento. É fruto de muita preparação. Nesses momentos, os porta-vozes podem CAIR NO DESCRÉDITO total ou resgatar de modo decisivo a imagem de uma instituição.
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O tom da fala, as pausas e o estilo devem constituir e seguir um ROTEIRO PRÉVIO, no qual a mensagem-síntese deve ter começo, meio e fim. É preciso ainda se preparar e tentar antecipar todas as questões – as óbvias e as indesejadas – que serão feitas pela imprensa. Para as primeiras, assinale tópicos curtos a serem, utilizados para compor a resposta. Para as PERGUNTAS INCÔMODAS, elabore bem seus argumentos e não perca o foco. Responda ao expectador, ao ouvinte e ao leitor. Não caia nas armadilhas colocadas por repórteres.
Algumas REGRAS CLÁSSICAS devem nortear a atuação de um porta-voz em qualquer situação, São elas:
- Diga tudo o que puder, o mais rápido possível.
- Elimine jargões técnicos. Sua mensagem tem de ser clara e concisa.
- Fale com um tom de voz único.
- Seja honesto. Não minta. Se não sabe, diga que não sabe.
- Não especule. Só transmita informações confirmadas.
- Acredite no que você fala.
- Demonstre preocupação em situações difíceis.
- Use comparações com assuntos complexos sempre que possível.
Não se esqueça ainda de expressões, roupas e gestos – TUDO TEM SIGNIFICADO.
