Segundo o jornal Brasil Econômico, a onda de supervalorização das hospedagens em hotéis do país, puxada pelo aumento das demandas com a Copa do Mundo, ainda é forte entre sete das treze principais cidades brasileiras pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado de janeiro a agosto, a inflação do segmento já chega a 10,99%, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) tem expansão de 4,02% em igual período, ambos em comparação com os oito meses de 2013.
As cidades onde a inflação aparece com maior força, fazendo com que o preço das hospedagens fique mais alto, são Rio de Janeiro, Curitiba, Fortaleza e São Paulo, com aumentos de 27,21%, 17,61%, 16,77% e 14,89%, respectivamente.
Enrico Fermi, Presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), conta que desde junho vem ocorrendo uma forte redução da taxa de ocupação dos meios de hospedagem de grande porte, em torno de 15%. Segundo ele, a crise é mais acentuada no nordeste, onde os empresários do ramo vivem mais do turismo de lazer. “Em Natal a taxa de ocupação está em 40%. O inverno no sudeste costuma atrair turistas e levar a ocupação a um patamar de 70%”, diz Fermi.
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Para o presidente da ABIH, nos próximos meses os empresários se sentirão pressionados a reduzir mais os preços das reservas. “Há uma procura menor no mercado, logo, ninguém vai ficar com o preço alto por muito tempo”, afirma.
“Depois do aumento da demanda com a Copa do Mundo, o setor de hotelaria aos poucos volta ao normal. No entanto, dificilmente os preços devem baixar muito mais, visto que o item faz parte do grupo de serviços, que acumula no ano uma inflação de 8,43%. Há todo um custo que pressiona os preços dos hotéis, não só a demanda”, explica Marcel Caparoz, economista da RC Consultores.
Os dados são do jornal Brasil Econômico