A segunda onda da pandemia de covid-19, que atinge países do Hemisfério Norte, deve afetar a recuperação do setor aéreo na América Latina, no momento em que a região prepara-se para a temporada de verão, a mais agitada em número de voos e demanda de passageiros.
VALOR ECONÔMICO
“Estados Unidos e Europa têm grande importância como destino internacional para os latino-americanos. Com a segunda onda da pandemia na América do Norte e na Europa a tendência é de piora nas viagens intercontinentais. A recuperação dos voos para essas regiões tende a ser mais lenta do que o previsto”, afirmou Peter Cerdá, vice-presidente para Américas da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata).
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A Iata estima que os voos intercontinentais só devem se normalizar em 2024. Cerdá considerou que os países da América Latina devem reabrir as fronteiras para voos internacionais dentro da região no curto prazo.
De acordo com a entidade, a recuperação do setor aéreo tem sido mais rápida no México e no Brasil. No México, disse Cerdá, o setor já recuperou de 85% a 90% do nível de atividade apresentada antes da pandemia. No Brasil, essa taxa situa-se entre 50% e 60% atualmente.
Na Argentina, o governo retomou recentemente os voos domésticos, além de ter reaberto a fronteira para Brasil, Paraguai, Uruguai e Chile. O Uruguai e o Peru também consideram a reabertura de fronteiras.
O Chile anunciou que pretende remover restrições a voos internacionais no fim do mês. Atualmente, apenas o aeroporto internacional de Santiago aceita voos internacionais, com exigência obrigatória de apresentação pelos passageiros de teste PCR para covid-19 negativo.