As empresas aéreas devem reportar lucros menores pela primeira vez em seis anos em 2017, com gastos maiores com combustível e obrigações trabalhistas em um cenário de demanda mais fraca, informou a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês).
A associação, que representa 265 companhias responsáveis por 83% do tráfego aéreo global, prevê que o lucro líquido do setor recue 16% no próximo ano, para 29,8 bilhões de dólares, devido principalmente à alta dos preços do petróleo.
Ainda segundo o órgão, as empresas aéreas norte-americanas devem responder por 18,1 bilhões de dólares do total projetado para 2017.
Veja também as mais lidas do DT
A Iata também cortou a projeção do lucro líquido deste ano para 35,6 bilhões de dólares, o que ainda significa uma máxima recorde, embora abaixo dos 39,4 bilhões de dólares estimados anteriormente.
A expectativa é de que o retorno sobre capital investido recue dos atuais 9,4% para 7,9% no próximo ano.
Ainda assim, o índice deve superar o custo de capital em 2017 pelo terceiro ano consecutivo.
Coletivamente, a primeira vez em que o setor conseguiu gerar retorno superior ao custo de capital foi em 2015.
Para Brian Pearce, economista-chefe da Iata, as empresas aéreas reconheceram a necessidade de gerar mais retorno aos investidores, com medidas para usar as aeronaves com mais frequência e maiores índices de ocupação para aumentar a lucratividade.
“Não se trata mais de participação de mercado, mas de como usamos nossos assentos e entregamos um bom retorno sobre o capital investido. É algo que ficará com a indústria e deve impulsionar o desempenho financeiro do setor”, explicou Pearce.
(Reuters)