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Impactos do Shutdown nos EUA: como turistas serão afetados

O governo dos Estados Unidos enfrenta mais uma paralisação parcial, o chamado shutdown. Após o Congresso não conseguir aprovar o orçamento federal dentro do prazo, o bloqueio entrou em vigor à meia‑noite desta terça-feira (1º), e já há previsões de fortes impactos no turismo e na vida dos viajantes internacionais.

REDAÇÃO DO DIÁRIO com agências internacionais

Embora o tráfego aéreo continue em operação nos aeroportos americanos, o clima é de alerta. Mais de 61 mil agentes da TSA (responsáveis pela triagem de segurança) e cerca de 13 mil controladores de tráfego aéreo são obrigados a trabalhar sem remuneração imediata. Em shutdowns anteriores, isso resultou em faltas acima da média, fechamento de pontos de inspeção e até mesmo no bloqueio temporário de um terminal inteiro no aeroporto de Miami, em 2019. Geoff Freeman, presidente da U.S. Travel Association, declarou que “quanto mais o shutdown se prolongar, mais longas ficarão as filas nos aeroportos e mais frequentes serão os atrasos e até cancelamentos de voos”. Além disso, programas de modernização do sistema aéreo, como a contratação e o treinamento de novos controladores, foram suspensos.

Shutdown nos Parques Nacionais

Os Parques Nacionais são, talvez, os mais afetados. O National Park Service anunciou que a maioria dos parques será fechada completamente ao acesso público. Áreas de livre circulação, como trilhas e mirantes, podem continuar acessíveis, mas sem manutenção, limpeza ou serviços de apoio. Manter os parques abertos com equipe mínima pode causar danos ambientais, vandalismo e riscos aos visitantes. Na paralisação de 2019, houve registro de banheiros interditados, acúmulo de lixo e até acidentes em áreas sem vigilância. A cada dia de shutdown, cerca de um milhão de visitantes deixam de acessar os parques. Com isso, as comunidades próximas podem perder até US$ 77 milhões por dia em receitas ligadas ao turismo.

Shutdown nos Museus

Segundo informações publicadas no The New York Times, setores essenciais continuam funcionando, mas milhares de serviços considerados não prioritários foram suspensos. O resultado pode ser sentido em aeroportos, parques nacionais, museus e até na infraestrutura de viagens. Estima-se que, a cada semana de paralisação, o país possa perder até US$ 1 bilhão em receitas ligadas ao turismo.

O Smithsonian Institution, que administra 21 museus em Washington e Nova York, além do Zoológico Nacional, já informou que manterá as portas abertas apenas por alguns dias, fechando em seguida caso a paralisação persista. Isso inclui ícones como o Museu Nacional de História Natural e a Galeria Nacional de Arte, ambos na capital. Já os monumentos ao ar livre de Washington, como o National Mall, seguirão acessíveis, mas sem banheiros e serviços de apoio ao visitante.

Shutdown nas fronteiras e alfândega

Fronteiras e alfândega permanecem abertas: portos de entrada terrestres, aéreos e marítimos seguem operando. Agentes de imigração e alfândega são considerados essenciais e continuarão trabalhando, mesmo sem remuneração no curto prazo. Viagens internacionais de turistas com vistos válidos não devem ser afetadas diretamente nesse sentido.

A empresa de trens Amtrak, apesar de receber parte de seu orçamento do governo federal, opera de forma independente. Assim, os trens, incluindo rotas como a que liga Nova York a Boston, continuarão em funcionamento.

Para turistas estrangeiros, um ponto positivo: os serviços de vistos dos EUA não devem sofrer impacto imediato, já que são financiados por taxas pagas pelos solicitantes. Contudo, associações de advogados de imigração alertam que, se os fundos se esgotarem, consulados poderão limitar atendimentos apenas a emergências e vistos diplomáticos.

O que o viajante brasileiro deve considerar

Reserve tempo extra nos aeroportos: atrasos e filas maiores são prováveis.

Verifique o status de parques e museus: muitos podem estar fechados ou sem estrutura mínima.

Tenha plano B: considere atrações privadas ou estaduais como alternativa aos parques nacionais.

Monitore fontes oficiais: sites do NPS (National Park Service), do Departamento de Estado dos EUA e veículos como o The New York Times sempre trazem atualizações.

 

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